terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Hot Space é bom, porque não?!

Discos que Parece que Só Eu Gosto: Queen - Hot Space -1982  por Mairon Machado

Discos que parecem que só eu gosto existem vários. Todo mundo tem o seu repertório individual. Mas tem casos que eu não consigo entender. Um deles é o álbum Hot Space, do Queen. Para mim, um dos cinco melhores discos já lançados na história do rock, e que é massacrado pelos fãs do Queen, os não fãs e até pelo próprio Queen. Por que? Nunca consegui encontrar a resposta.
 
Para começar, Hot Space foi lançado em 1982, logo após o álbum Flash Gordon (1981) e o hiper-idolatrado The Game (1980). A sonoridade é uma sequência do que estava sendo feito pela banda, já que desde The Game o grupo começou a utilizar sintetizadores (lembrando que o Queen adorava acrescentar nos encartes de seus álbuns a frase "no synths", e Jazz, de 1978, foi o último a ter os méritos para ostentar essa frase), que foram experimentados ao máximo na trilha de Flash Gordon, e que em Hot Space foram utilizados para dar uma sonoridade ainda mais leve ao pesado rock que o grupo fez no início da carreira, e que com o passar dos anos se transformaria em um pop fácil e pegajoso, estourando pelo planeta com o álbum The Works (1984), lançado exatamente depois de Hot Space.

E aí está o fato: The Game e The Works são álbuns pop de ótimo gosto, com canções que marcaram como "Another One Bites the Dust", "Play the Game", "Radio Ga Ga" e "I Want to Break Free" (isso só para citar algumas), e de novo pergunto, por que o preconceito com Hot Space se o pop dos anteriores também está presente neste? Conhecendo um pouco a história, talvez possamos achar uma resposta. Em 1981, o Queen partiu para sua 1a turnê realmente mundial, promovendo o álbum Flash Gordon e passando pelo Japão, México e principalmente Argentina e Brasil. Os shows na América do Sul ficaram marcados por apresentações lotadas e muitos problemas.
 
Em março de 1981, o Queen desembarcou na Argentina para uma série de cinco shows, e logo na chegada, foram barrados pela polícia Argentina, pois as credenciais do grupo mostravam duas mulheres com os seios de fora, o que causou controvérsias entre o grupo e as leis antiporrnográficas da ditadura argentina. Para conseguir entrar no país, a equipe de produção do Queen necessitou passar uma caneta preta em cima de todos os seios das credenciais. Já em frente ao estádio José Amalfitani, do Velez Sarsfield, onde os shows foram realizados, milhares e milhares de pessoas se amontoaram durante dias para poder presenciar os shows, causando mais tumultos e desconfortos entre a polícia local e a banda. Para piorar a situação, o Queen esteve envolvido com diversos compromissos extra-palco: sessão de fotos ao lado de Maradona e jantar com o presidente, o General Roberto Eduardo Viola, que foi prontamente negado por Roger Taylor, alegando ser contra as políticas do general para com o povo argentino. O resto do grupo, a saber Freddie Mercury, Brian May e John Deacon, participaram do jantar, o que gerou uma sequência de atritos entre os membros da banda afetando direto  a gravação de Hot Space.

Seguindo viagem para o Brasil, o Queen ficou 36 horas "hospedado" no aeroporto esperando a liberação do equipamento de som. Com apenas um dia para montar o palco e construir o set list da primeira apresentação da banda no estádio Morumbi, Mercury resolveu passear por São Paulo, deixando o resto do Queen p... da vida. Apesar de tudo, no palco o grupo fluía como água, e a apresentação para os 131 mil presentes no Morumbi é considerada por muitos uma das melhores da carreira da banda.

Com o término da turnê, o grupo lançou a canção-manifesto "Under Pressure" em um single que vendeu milhões de cópias. Com co-autoria de David Bowie, essa faixa bate de frente contra a política mundial do mundo naquela época, criticando principalmente a ditadura que envolvia os países da América do Sul. Não demorou para "Under Pressure" ser banida das rádios argentinas, e ao mesmo tempo que começava a Guerra das Malvinas entre Inglaterra e nossos hermanos, o Queen (assim como várias outras bandas britânicas) estavam proibidos de voltar a pisar em solo argentino durante todo o tempo que a guerra durasse. Porém, no resto do planeta, "Under Pressure" estourou, e todos esperavam que o próximo álbum a ser lançado mantivesse a linha da sonoridade de "Under Pressure", que será discutida daqui a pouco.

Seguiram-se ainda mais dois singles: "Body Language" e "Las Palabras de Amor", outra que os argentinos adoraram, principalmente pelas frases em espanhol, e que foi banida rapidamente de todas as lojas argentinas, com o single sendo despedaçado em praça pública, e finalmente chegava às lojas Hot Space. Gravado entre muitas discussões, principalmente entre Mercury (no auge da sua descoberta sexual) e May.

Logo após o lançamento de Hot Space, o Queen se separava por tempo indeterminado, já que ninguém aguentava mais os chiliques da dupla citada (Brian e Freddie) e principalmente, com quase dez anos de imensas turnês, sem nenhum descanso, não tinha como ficarem mais tempo juntos. Taylor partiu para tirar férias na Escócia, onde um dia saiu tocando campainhas pela cidade e resolveu presentear a todos os que soubessem quem ele era, o que não foi feliz, pois ninguém o conhecia naquela região. Deacon juntou-se a família, enquanto May trabalhou ao lado de Eddie Van Halen no projeto Star Fleet. Já Mercury caiu na farra e na gandaia durante alguns meses, enquanto Hot Space afundava-se em números de vendas ridículas para um LP do Queen.
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CONTEÚDO, ESTILO 
O QUE ESTÁ PRESENTE  EM HOT SPACE

Claramente, o Queen escolheu repertório especial para cada lado do vinil. Lado A preserva e destaca canções sensuais e dançantes, com pop típico dos anos 80 e inovando no uso de sintetizadores. Já o lado B é mais Queen, destacando a guitarra de May e as linhas melódicas marcantes do Queen a partir do álbum A Night at the Opera (1975).
O disco abre com o baixo de John Deacon mandando o riff de "Staying Power", onde sintetizadores imitando metais fazem intervenções para então Mercury começar a cantar sobre um andamento dançante e bem oitentista, com um ótimo solo dos sintetizadores imitando os metais e com um arranjo dos vocais duelando com os sintetizadores muito bom. Essa faixa já assusta quem está acostumado com o som tradicional do Queen ou o rock que a banda fazia no início de carreira, mas é uma excelente faixa pop, perfeita para a época em que bandas como Depeche Mode, Erasure, Pet Shop Boys, New Order, Tears For Fears entre outras estavam engatinhando ou nem existiam ainda.
"Dancer", tem o baixão de John Deacon novamente na frente do ouvinte, e Mercury cantando em uma linha Michael Jackson que não tem como não dançar. O refrão é marcante, e andamento similar a "Another One Bites The Dust", mas com mais guitarras, inclusive com May solando por diversas vezes (para quem diz que o álbum não tem solos de guitarra) e bem mais sensual, batendo a canção famosa, na minha opinião, logo no 1o round da luta entre as duas.
Resultado de imagem para body language compacto queen Back Chat é uma fantástica canção pop, com andamento sensacional de Taylor,  utilizando a bateria eletrônica e criado espaço perfeito para o fantástico riff de May, com Mercury cantando sobre a melodia do riff. Oitentista pacas, chupada por diversas bandas como as citadas anteriormente, com mais um ótimo solo de May, é trilha perfeita para uma noitada de sábado. Mercury canta muito aqui, e ainda não é a melhor apresentação do álbum.
A sensual "Body Language", (com uma letra bastante provocativa) é outra para ser confrontada com uma do álbum The Game, "Don't Try Suicide". Se na faixa de The Game, Mercury canta sobre um andamento simples feito por baixo e batidas de palmas, com uma participação tímida de Taylor, tendo no refrão o ponto alto entoando o nome da faixa, e com uma curta sessão mais agitada com o solo de May, a faixa de Hot Space mantém uma linha similar, porém ainda melhor, começando com o hipnotizante riff de Deacon acompanhado pela bateria. Mercury começa a cantar enquanto palmas fazem pequenas intervenções para cada palavra. O refrão, cantado por todos, é recheado de efeitos que já haviam sido apresentados na trilha de Flash Gordon (1981). A faixa vai ganhando corpo, e o refrão novamente é repetido, chegando a uma sessão apenas com estalos de dedos, onde o nome da canção é repetido na frase "Look at me I gotta case of body language". Nada mais que o puro Queen de tantas outras canções.
O lado A encerra-se com "Action This Day", que foge da característica das demais faixas do Lado A, com um riff mais pesado, apesar do andamento "quadrado", alternando entre vocais de Taylor e Mercury e com mais um bom refrão, além de uma curta sessão onde os sintetizadores comandam um belo tema que leva ao curto solo dos sintetizadores em uma sequência de algumas faixas de Flash Gordon.
O lado B é, na minha opinião, ainda melhor. A faixa que o abre, "Put Out the Fire", já é uma sonzera na linha de "Rock It" ou "Need Your Love Tonight" (ambas do The Game), porém com muito mais pegada, onde o grudentíssimo refrão hardiano destaca o peso da guitarra de May, em uma ótima faixa que, como citado no início do texto, não tem nada a ver com o lado Life is Real (song for Lennon) - Depois, Mercury assume o piano na linda balada em homenagem a John Lennon, Para quem gosta de "Save Me", "Play The Game" ou ainda "It's A Hard Life", essa canção está ainda um nível acima, pois a linha vocal de Mercury está emotivamente mais forte do que as citadas, o belo solo de May, mesclando guitarra e violão, o arranjo feito entre a guitarra e o piano, com o leve andamento de Taylor e Deacon, além de uma das letras mais bonitas escritas por Mercury (quem nunca pensou que "Life is cruel life is a bitch", joguem a primeira pedra), fazem dessa uma das minhas preferidas do LP.
Calling All Girls -  rock de com um andamento sensacional, na linha das bandas de surf rock, onde os riffs de May chamam a atenção, apresentam um dos refrões mais grudentos de uma letra simples,  entoado o poder do amor. Levada do baixo de Deacon é principal destaque da faixa, bem como os efeitos da guitarra de May durante toda a execução.

Las Palabras de Amor (The Words of Love) - A canção mantém o clima leve em uma linda balada que possui um sentimento forte, a começar pela bela introdução com teclados, baixo, violão e bateria, trazendo a voz de Mercury em outra linda letra, com o refrão mesclando frases em espanhol e em inglês, assim como o próprio Queen já havia feito em "Teo Torriatle (Let Us Cling Together)", do álbum A Day at the Races (1976), porém mesclando japonês com inglês.

Cool Cat - O Queen retoma a sensualidade naquela que para mim é a melhor faixa do álbum. O que? Esse cara tá louco? A melhor é Under Pressure. Calma! "Cool Cat" é diferente de tudo o que está no álbum. Carregada de sensualidade, essa faixa apresenta uma das melhores performances vocais de Mercury, cantando em agudo muito alto, quase falsete, e arrepiando até a unha do pé. Baixo e bateria puxam o riff da guitarra, e ai Mercury começa a cantar em ótimo soul, e a canção vai se embalando por si mesma, com a adição sutil de teclados . Os quatro cantam o nome da canção enquanto Mercury esbanja agudos soberbos. O que Mercury faz com a voz nessa faixa eu não ouvi em nenhuma outra do Queen (e olha que eu, modéstia a parte, conheço a obra do Queen de trás para a frente, da esquerda para a direita), a não ser em alguns segundos de "Under Pressure", sem nenhum auxílio como os utilizados para as gravações de Innuendo, Miracle e posteriormente Made in Heaven. É o melhor registro de Mercury no auge da carreira. E para os "ousados", sigam o conselho: rodem essa canção e, carinhosamente, peça para sua esposa/namorada fazer um strip-tease. A trilha vai encaixar perfeitamente para o objetivo a ser alcançado posteriormente.

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Under Pressure - o encontro de dois gênios
Under Pressure - Hot Space se encerra com "Under Pressure". Só a participação de David Bowie já faz dessa faixa um clássico, mas ela tem seus méritos por si mesma. O riff de Deacon, as intervenções de piano, acompanhamento de estalos de dedos, apresentam os acordes dedilhados da guitarra seguido pelas vocalizações de Mercury. Bowie e Mercury passam a cantar juntos, e então alternam frases, levando a uma parte mais pesada, onde Bowie canta as duas primeiras frases e Mercury as duas últimas. O andamento dos estalos retorna, e Mercury solta os agudos que citei em "Cool Cat", fazendo então mais vocalizações. Bowie canta frases enquanto Mercury grava na história mais vocalizações, e o tema pesado retorna. Então, somente com os estalos e alguns teclados, Bowie e Mercury cantam juntos, e Mercury solta mais agudos, arrepiantes, enquanto Bowie canta "Love, Love", e o encerramento, pesado, é novamente arrepiante, com Mercury cantando muito, e a entrada de Bowie, entoando uma das estrofes mais lindas do mundo do rock "Pois o amor é uma palavra tão fora de moda E o amor te desafia a se importar com as pessoas no limite da noite E o amor desafia você a mudar nosso modo de nos preocupar com nós mesmos Esta é nossa última dança, Esta é nossa última dança Isto somos nós mesmos", emociona até um surdo.

Under Pressure encerra-se apenas com os estalos e o riff de Deacon, e não precisava mais nada, o estrago já foi feito. David Bowie e Freddie Mercury discutindo quem é mais macho: "Você! Não, você!" "Under Pressure" é considerada por muitos a única faixa boa de Hot Space, e esse é o fato, "Under Pressure" é diferente das demais faixas por ter sido concebida antes das complicadas gravações do álbum. Uma pessoa que ouve essa faixa realmente só pode esperar algo igual em todo o álbum, mas a ideia de "Under Pressure" ser uma canção de protesto não é o tema de Hot Space, que é um álbum extremamente sensual e dançante no lado A e rock'n'roll no lado B. Se "Under Pressure" fosse colocada em A Kind of Magic por exemplo, certamente as pessoas ouviriam Hot Space com outra atenção.

Mas, na minha modesta opinião (que com certeza não é a verdadeira e nem tão pouco a certa ou errada), 99% das pessoas que criticam Hot Space vão na onda do que já ouviram falar do álbum ou de apenas uma audição procurando por algo na linha do clássico de Bowie e Mercury. Com certeza, se essas pessoas gostam de The Game e The Works, ao ouvirem com atenção Hot Space verão que as mesmas linhas melódicas, os mesmos sintetizadores e a mesma forma de criar as canções estão presentes em Hot Space, só que adaptadas para o momento que a banda passava, que acabou refletindo em um dos melhores e mais injustiçados álbuns da história do Queen.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Queen satisfeitos com Adam não querem + ninguém após ele

(fonte:Whiplash.com 11/12/2015) - Depois da terrível perda de Freddie Mercury em novembro de 1991, fãs de várias partes do mundo se chocaram e ainda sentem a dor dessa triste tragédia. A lendária Realeza do Rock QUEEN, ficou marcada com a poderosa voz e performance icônica do grande astro. Os outros integrantes do Queen declararam que não queriam mais saber da banda após a morte de Freddie e depois de alguns anos, o baixista John Deacon se aposentou. Brian May e Roger Taylor encontraram forças e voltaram aos palcos om Paul Rodgers, que depois de um tempo, foi substituído por Adam Lambert.

A banda tem trabalhado com Lambert há 5 anos, fazendo shows por várias partes do mundo, e a parceria tem dado certo, levatando críticas positivas por todos os lugares que passam, inclusive voltaram ao Rock in Rio após 30 anos. A nova jornada da banda emocionou até Jer Bulsara, mãe Freddie, que compareceu pessoalmente à um dos shows e apoiou Adam Lambert, o qual o mesmo se sente honrado em homenagear seu herói sem tentar substituí-lo.Roger Taylor e Brian May também se declararam satisfeitos em trabalhar com Lambert, e abaixo você confere alguns dos trechos em que falam a respeito:
 
Resultado de imagem para adam lambert e Roger taylorRoger: É, e funciona tão bem no palco, eu acho que é um grande desafio para nós
Brian: Mas com Adam é Queen, é muito mais Queen do que foi com Paul Rodgers, de fato um dos meus amigos mais velhos e queridos que fez a segurança para vários shows do Queen, foi ver um show que Adam fez quando estávamos em Vegas e ele falou “Eu já vi você em várias situações, foi ótimo com Paul Rodgers, mas hoje à noite eu vi Queen”, o que me fez confirmar o que nós somos, Adam traz uma qualidade muito natural e como disse Fritz “não, ele não é Freddie”. E ele não tenta ser Freddie nem por um instante. Mas algumas coisas que ele faz é muito, muito similar, muito parecido, a semelhança que ele traz, além do instrumento extraordinário, porque ele tem um instrumento incrível como vocalista. Mas ele traz uma certa dose de humor, ele traz um pouco de ousadia, e é tudo natural, sabe, e ele funciona com a gente. Então essa é a minha resposta. É diferente e é muito legal.
 
Resultado de imagem para adam lambert e Roger taylorRoger: Sim, na verdade eu acho que não gostaria de trabalhar com mais ninguém depois de trabalhar com Adam.
Adam Lambert: Estou fazendo meu próprio estilo no sentido de não querer imitá-lo, mas eu também não quero me afastar muito da sua intenção, porque seria um pouco de sacrilégio de certa forma, eu acho que Freddie foi tão incrível e único e nunca haverá outro Freddie Mercury, ele é um ícone, então eu tenho sido muito cuidadoso, com a ajuda de ambos, em ter certeza de que há um equilíbrio e ao mesmo tempo, prestar respeito à memória de Queen, a memória que os fãs tem dessas canções e tem tomado um pouco de tempo, mas eu realmente acho que alcançamos nossa meta nesta turnê em encontrar essa agradável harmonia entre o antigo, o novo, o passado e o presente.
 
Resultado de imagem para adam lambert e queen concert finalAdam Lambert: Houve momentos no palco, é parte do meu trabalho chegar lá e dar tudo de mim e ser confiante, mas especialmente quando começamos, eu tive muitos momentos de “Oh Meu Deus, será que posso fazer isso? Será que vou conseguir fazer isso? Eu não sou digno”, e ainda tenho momentos enquanto estou no palco e ouço o nome Freddie e eu fico “Ahh…”. É uma grande honra e me sinto enriquecido por isso, mas também me sinto muito humilde, que os fãs tenham me aceitado, pelo menos a aqueles que dizem que me aceitaram e eles (Brian e Roger) me aceitaram, é incrível, é uma honra.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Entrevista: Adam e Queen, Absolute Radio, Londres, 18/11

 (fonte:adamlmbertbrasil,com) - Em entrevista em Londres, Absolute Radio, Adam fala de Queen...

Danielle, radialista, cumprimenta Adam, diz que quer conversar sobre o novo álbum, mas está muito animada por divulgar a notícia de que Queen + Adam Lambert vão se apresentar no festival da Ilha de Wight e pergunta se Adam já esteve no festival. Ele diz não, mas que está ansioso para ir, já ouviu falar do festival e achou fantástica a lista de bandas que se apresentaram no último ano. Ela diz que para chegar à ilha é preciso ir de balsa e pergunta como eles pretendem chegar. Adam diz que Brian e Roger, sendo a realeza, viajam com estilo e comenta que quando estiveram no Rock in Rio, eles tiveram um helicóptero para chegar ao local do evento.
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Comenta sobre a performance deles na festa de Ano Novo da BBC e pergunta se Adam viu vídeos de Freddie se apresentando quando aceitou a tarefa de cantar com o Queen. Adam diz sim, sentiu que era algo que deveria fazer, que Freddie definiu a ele o que é ser astro de Rock.
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Ela comenta como a teatralidade de Freddie combina com Adam e que não há muitas pessoas que poderiam assumir essas músicas, pois elas são difíceis de cantar. Adam concorda, diz como o catálogo do Queen é diverso no estilo das músicas.
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Danielle então pergunta qual música Adam mais gosta de cantar ao vivo. Ele diz: “Another One Bites the Dust”, “Somebody To Love” (ele se identifica com essa música por estar solteiro) e recentemente “Save Me”. Ela comenta que “The Show Must Go On” deve ser muito difícil de cantar e Adam concorda, pois é muito alta e difícil de encaixar a letra na batida, pois Freddie não se atinha sempre a ela, o que acha incrível, mas torna aprender as músicas um desafio, quando você não quer fazer exatamente igual ao original, pois não há outro jeito de cantar a música.
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Eles falam um pouco mais sobre a relação de Adam com os membros da banda, como eles dizem que Adam e Freddie teriam se dado bem, que essa parceria é bem simbiótica, beneficiando todos os envolvidos.
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Em seguida, Danielle passa a falar da carreira solo de Adam e de como deve ser importante para ele como artista lançar seu próprio material paralelamente. Adam diz que é muito legal poder ter as duas coisas acontecendo ao mesmo tempo, pois são projetos muito diferentes, que satisfazem tanto seu lado extravagante e exagerado quanto a parte mais introspectiva e séria de sua personalidade artística.
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Ela quer saber por que ele escolheu um galpão dilapidado em Londres para gravar as 1as performances ao vivo do novo álbum. Adam responde que ao contrário de seu material prévio, esse álbum fala de coisas muito mais reais e melancólicas e que apesar de não ser exatamente um álbum triste e gótico, ele faz algumas perguntas difíceis e confusas sobre a vida. Danielle comenta que ele disse algo sobre nunca estar realmente satisfeito e que o álbum é sobre isso também. Adam diz que é bom ter esse tipo de energia e que adora o fato de que essas ideias profundas e complicadas estejam permeadas por ótimas batidas de dance music. Ela pergunta sobre a “The Original High Tour” e Adam repassa os lugares que irá na turnê.
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Voltando aos shows com o Queen, Danielle pergunta sobre o setlist. Adam diz que houve algumas mudanças durante a turnê, mas que antes dos shows começarem eles sentaram para planejar o setlist com muito cuidado, pois Adam queria levar a plateia em uma espécie de jornada através dos muitos sucessos da banda e que ele sabia que o modo como as canções fossem reveladas poderia ajudar ou prejudicar a forma como tudo seria recebido pela plateia.
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Por último, Danielle quer saber o que acontece logo antes deles subirem ao palco. Adam diz que geralmente ele está se enfeitando até o último minuto, pois ele sente que com o Queen certa quantidade de glamour tem que existir e que todas as decisões que ele toma, como se vestir, como cantar, como se comportar no palco, tem como parâmetro pensar no que Freddie gostaria de ver.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Smile e Tim Safell

(fonte: aqueenofmagic.com e http://home.lyse.net/mott/love_staffell.html ) - Smile grupo musical que existiu antes do Queen que era formado por Roger Taylor, Brian  May e Tim Staffell no final dos anos 60. Tim nos lembra dessas jovens promessas que um dia eram tudo, mas que não tiveram um acompanhamento adequado ao longo dos anos. Nós fãs já ouvimos as músicas do Smile que foram deixadas gravadas em seu tempo e que agora com as novas tecnologias, foram quase esmagadas ... Brian May, Roger Taylor e Tim Staffell partilharam de uma pequena sala na universidade, e mais importante, eles ilusionaram milhares de fãs ansiosos por novas canções relacionadas a componentes do Queen.

Resultado de imagem para Tim Staffell.Tim era o baixista, compositor, também estava presente, como cantor. Ainda era um bom cantor, mas nada demais. Mas ele decidiu deixar o Smile: esses anos, com gravações de som sujas e edição do trabalho final nos Estados Unidos, em vez da Grã-Bretanha a sua terra natural foi desmotivador. Ele viu uma maneira de sair de suas aspirações musicais e disse-lhes para os colegas que era hora de separação. Mas isso não deixou de ser uma separação problema para todos.

A história posterior de Brian e Roger a conhecemos toda. Staffell então formou o grupo Humpy Bong, juntamente com o ex-baterista do Bee Gees Colin Petersen ... Depois participou do projeto "Morgam" de Rock progressivo com Morgan Fisher. A após o falecimento de Morgan, Tim tentou carreira solo, mas só fez um show em 1973  Ai Tim deixou seu sonho musical e se lançou em colaborações no campo do design gráfico, mas continuou a gravar um LP solo de forma muito esporádica em cuja as músicas nunca foram lançadas.
Mas com o advento do novo milênio, em 2003, Staffell lançou o álbum 'amigo', com letras minúsculas no título em castelhano. Um álbum lançado 30 anos depois de abandonar esse sonho em forma de amplificadores, mixer, iluminação de palco e holofotes poderosos junto a Brian e Roger.Este trabalho tem o apoio de Snowy White, Morgan Fisher e Brian May, que reprisa 'Earth' os temas e "Doing all right '.
Para entender, estas duas novas versões soam um pouco mais pop, tem um som melhor, mas eles perdem um pouco dessa atmosfera nostálgica das gravações Smile.  O filho de Tim Staffell, Andrew, baterista, pediu ao pai que voltasse ao estúdio de gravação e que retornasse  e que fosse até  desde o tempo e a distancia para suas músicas antigas.Mas Staffell sempre comentava de forma consistente. Ele próprio reconheceu que ele não era um showman, não era um frontman do rock que agitasse o público ansioso. Ele também afirmou que não era tão bom como Freddie nas letras  e nos deixou a seguinte declaração: "Eu me afastei de Brian e Roger e graças existiu o Queen".Alguns comentários elogiam Tim.

Resultado de imagem para Tim Staffell. brian may and roger taylor
E agora de volta ao começo, à ideia de que nos lembra deste músico um jovem atleta que venceu tudo no seu dia (foi vencedor em categorias sub18 e sub 19), mas quando se deu o passo para o profissionalismo, permaneceu sem projeção. É verdade:  Staffell não triunfou na música. Mas sim: não se esqueça que uma vez, quando seus sonhos traduzida em um grupo chamado Smile (Sorriso) veio a abrir shows para Hendrix, Yes e Pink Floyd. De memórias não se pode viver ... ou sim. Dividir o palco com esses grupos, só está disponível apenas para as pessoas consistentes, como nosso amigo Tim.


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EARTH - SMILE (com tim stafel nos vocais)

Eu poderia estar em uma mesa
E de repente ir e pegar
Uma visão fugaz de seus mares cristalinos
Ou eu poderia estar de pé

em um distante estaleiro lotado
Sob o sol que Eu nunca vi
Porque eu já vi muitos mundos
Por que vale a pena
Mas eu nunca vou ver de novo
O planeta terra - minha terra

Eu poderia estar perseguindo ondas de luz
Fora em direção ao sombrio
Onde as estrelas são escassas
E o frio do espaço se infiltra
Mas eu poderia estar em um bar
Bebendo gim...
E pensando em lugares onde já estive

Sim, eu já vi muitos mundos
Por que vale a pena
Mas eu nunca vou ver outra vez o

planeta terra - minha terra
À deriva entre as estrelas
Flutuando de sol a sol
Sonhando com o mundo que me deu à luz
Todos os lugares que eu já estive
Lembre-me, não há nada para coincidir
com as colinas verdes vivas da Terra