Arenas dos Shows do Queen – Escola Clássica do Rock - Num show de uma banda ou de um artista solo, para que haja sucesso tudo deve estar em harmonia: o repertório, o cenário, os instrumentos, os músicos, o cantor e o equipamento de som. A leitura a seguir, é interessante para entender a parte orgânica do som da
Banda Queen nos seus shows. A Banda Queen é clássica e só toca músicas clássicas
do rock, definição dada a músicos de rock and roll considerados
inovadores, surgidos principalmente entre o princípio da década de 1960 e
final da década de 70. O termo foi criado por estações de rádio para
definir a programação que evoluiu a partir do formato oriented rock
que surgiu no começo da década de 80. Embora não seja especificamente
um estilo, geralmente serve de rótulo a bandas como Beatles, Rolling
Stones, The Who e Led Zeppelin, entre outras. Se torna interessante
observar que é um trabalho técnico separado por gerações (Banda Queen e
Adam Lambert) mas que encontrou perfeita sintonia, tanto no palco, como
nos bastidores, o que faz com que o show seja o espetáculo que é, e que
vem encantando as plateias por onde passaram. Bandas Clássicas do Rock x Arenas dos shows

Sendo a banda Queen uma Banda de Rock da velha escola, então você
não pode contar com um console digital instantâneo para trabalhar todas
as noites”, diz o engenheiro Gary Stokes. “Eles não fazem o mesmo todas as noites, por isso você tem que trabalhar nesse nível”. Na excursão atual de Queen + Adam Lambert, há muita “fader riding”,
mas ninguém reclama disso. Tem sido um trabalho amplo para a companhia
de som Clair Global, e toda sua equipe de técnicos. A etapa
norte-americana da turnê começou dia 19 de Junho, no United Center de
Chicago, se estendeu em Toronto em 27 de Julho e está se ampliando com vários shows adicionais
acrescentados ao longo do caminho, para atender a demanda dos fãs, que
têm se manifestado através de delirantes elogios.

Liderando a banda com seus vocais, substituindo um dos mais difíceis,
o grande Freddie Mercury, está o vice-campeão do American Idol, Adam
Lambert, que se junta ao guitarrista Brian May, ao baterista Roger
Taylor, ao baixista Neil Fairclough, ao tecladista Spike
Edney e ao filho de Roger, Rufus Taylor, na percussão. Falando quanto a questão tecnológica, para garantir que tudo soe tão bem quanto
parece, estão Robert Collins na FOH, Kerry Lewis (monitores da banda),
Gary Stokes (monitores para Adam Lambert) e o engenheiro de sistemas,
David Coyle. “É grandioso, é alto e é estridente e dá um monte de trabalho”. Coyle disse que o maior volume de trabalho usado na criação do show, é no palco. “Os equipamentos do palco ocupam a metade de um caminhão”. As passagens de som tendem a ser longas, e precisam ser sempre revisadas. Mas parece
tudo bem com a equipe, porque eles sabem que, em se tratando da banda
que é, a precisão é extremamente importante.
O Desafio de Lambert - Aqueles que já viram o show podem dizer que Adam Lambert realiza um
trabalho vocal não menos que estelar, e esse é um recado para aqueles,
nas audiências, que lhe torcem o nariz. Trata-se de dois trabalhos separados por gerações, no que concerne à
parte técnica. Quando há destaque na sua parte, ele gosta de tudo mais
lento e um trabalho de palco mais silencioso.
Mas com a banda Queen Tudo é muito alto, por isso existe uma engenharia de monitores separada, que mixa somente para Adam. Coyle disse: “foi uma boa decisão trazer o cara que trabalha para Lambert”, quando se refere a Gary Stokes, que assume o desafio técnico em relação ao vocalista. “Os dois engenheiros de monitor são fantásticos, cada um à sua maneira, e fazem um trabalho fantástico juntos”. Stokes tem trabalhado em plataformas de mixagem há 30 anos, mas não como engenheiro de monitor. “Eu
sou primariamente um cara de FOH, então isso não é usual para mim.
Quando tenho que trabalhar como o cara do monitor, é porque a situação
está problemática”.Stokes tem uma história com Lambert, ele tem sido o seu FOH nos shows. “Ele
é um cantor fantástico e tem um alcance vocal extraordinário.
Eu
também trabalho para KD Lang, e ela também possui um alcance vocal
fantástico. Os bons cantores têm uma audição muito boa”, ele ri. “Eles
percebem certos detalhes sutis, muito mais do que os cantores mais
comuns, portanto as necessidades deles são mais específicas. Não existe
um mix estático que os deixe satisfeitos nem em um show inteiro, às
vezes, nem mesmo numa única música. Quando eles sobem uma nota, você
precisa montar um fader ou uma equalização específicos, por exemplo”.
Stokes é especialmente sensitivo em relação a como seu mix para os cantores possa causar uma reação física no palco. “Por
exemplo, uma compressão maior faz com que os cantores tenham que
afastar os microfones de perto, o que pode causar variações de
compressão quando você precisa aumentar”, ele diz. “No caso de
Adam, é tudo muito sutil, quando ele diz que quer seu vocal mais
destacado, ele apenas quer metade do decibéis.
Outro desafio em relação a Lambert, vem dele ser um cantor muito dinâmico no palco. “Ele
gosta de trabalhar a multidão e envolvê-la, então eu sempre tenho que
adivinhar para qual lado do palco ele vai, o que torna tudo ‘muito
perigoso’”, ele diz. Resumindo, para não nos atentarmos a detalhes extremamente
técnicos, Stokes disse que ele veio de um mundo analógico, que parece
mais real do que outras tecnologias mais virtuais, onde os aparelhos
fazem tudo, mas a perfeição não é a mesma.
Tudo se resume ao barulho que o ambiente produz. E então ele termina nos respondendo, “qual a sua música favorita?” - “Ah, me desculpe, mas eu não consigo colocar nada acima da
‘Bohemian Rhapsody’. Uma vez clássico, sempre será um clássico e com
15.000 fãs gritando: ‘Galileo, Galileo’, o som tem que corresponder, tem
que ser grande e largo para que possa ser bem elaborado no palco.”
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