Fonte: Grupo Queen Eternamente
Amigos, tive o prazer de ser entrevistado pelo meu amigo Helio Lima - cantor, compositor, companheiro musical e administrador do grupo de fãs "Queen Eternamente"(grupo onde contém entrevistas, brincadeiras e tudo mais sobre o Queen).
Espero que gostem
A Night In Interview - Rafael Casado
Baterista, jornalista, fã de Queen, amigo, companheiro musical. Rafael Casado tocou comigo em 2012 no memorável Queens Day. Também estará comigo em um futuro trabalho solo onde eu volto a contar com seu talento. Já tocou em algumas bandas e tributos ao Queen e recentemente, montou um workshop para apresentar as técnicas de Roger Taylor. É sobre esses assuntos, além de suas preferências, que batemos um papo com exclusividade para os amigos do Queen Eternamente.
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- Conte-nos como surgiu a idéia de montar o workshop sobre Taylor.
A ideia de fazer um workshop sobre Roger Taylor surgiu por uma série de motivos:
1º Adoro Roger Taylor;
2º Após ter trabalhado com algumas bandas tributos / cover do Queen, vi que a pegada e estilo do Roger Taylor têm algo de especial, pois comecei a me dedicar a tocar exatamente como ele. Já havia notado que eram poucos os bateristas dos “Queen Covers” que tocavam igual ao Roger. Comecei a pesquisar na internet em vídeos no Youtube, alguns bateristas chegam a fazer algo que não tem nada a ver com o Queen. Porém, notei que os bateristas de bandas covers do Led Zeppelin, Rush, entre outras, se dedicam ao máximo para tocar fielmente. Alguns possuem canais no youtube somente para explicar as técnicas de bateristas como Neil Peart e John Bonham;
3º Muitos fãs de Queen admiram o Roger Taylor. Após eu ter feito meu primeiro Workshop sobre o Queen no Freddie For a Day Brazil 2014, três pessoas vieram me procurar parar ter aulas de bateria. Uma delas já toca bateria e pediu que eu lhe ensinasse determinadas músicas. Como não posso me deslocar para ensinar cada uma dessas pessoas, estou planejando em fazer um canal no Youtube, para tocar as músicas do Queen e explica-las no decorrer do vídeo. Dessa forma, vou poder mostrar a complexidade de muitas músicas, a técnica, estilo e pegada do Roger Taylor.
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-Você gosta do baterista do Extravaganza?
Apesar dele não tocar como o Roger Taylor, eu gosto do Tyler Warren. Toca muito bem e respeita as obras do Queen. Sabe, não que eu ache que o baterista tem que fazer 100% idêntico, mas seria interessante destacar aquelas partes que é característica do Roger.
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-O próprio Roger andou criticando duramente bandas covers do Queen, produzindo então o Extravaganza. E vc, gosta de alguma banda em especial? Como vê o cenário de bandas covers e tributos?
Sou extremamente crítico quando o assunto é “Queen Cover”. Acho que por isso estou sem banda hoje rsrsrs. Assisti projetos começarem bem e cair de qualidade depois. Outros que foram crescendo e ganhando espaço. Sinceramente acho que está faltando mesmo é humildade entre alguns músicos e bandas. Não estou apontando nem pra um nem pra outro (não generalizando, e já adianto que sou amigo de praticamente todos os músicos das bandas cover de Queen no Brasil), mas é triste estar num show e ver um fã comentando que tal músico se acha ou que tal músico desceu do palco e não deu atenção. Já vi comentários do tipo “nunca mais quero ver essa banda”. Sabe, não é isso que o Queen pregava. Conheci Brian May e Roger Taylor em 2008 e eles deram um show de humildade ao irem na calçada do hotel falar comigo e outros fãs que ali estavam. Meu conselho é: Antes de tocar igual, se vestir igual, ou cantar parecido, ou quem tem o show melhor entre as bandas covers, se tem ou não uma “Red Special” na banda, o que interessa mesmo é a HUMILDADE.
Sobre uma banda que tem um nível de qualidade elevado, posso dizer com propriedade, pois já tive oportunidade de trabalhar um pouco com esses caras: Queen Tribute Brazil . Sim, o baterista deles é o grandeReinaldo Kramer, mas já tive a honra de fazer uma apresentação com essa banda. Eles fizeram eu me sentir em casa, como se a banda fosse minha, fiz um ensaio para um show e tudo correu bem. Não somente musicalmente, mas já no estúdio, as brincadeiras, humildade, simplicidade e profissionalismo de cada músico me fizeram ter um dos momentos mais legais desses 15 anos que toco bateria. Sem contar a energia ao vivo, curti muito. Sucesso pra eles e todas as bandas “Queen Cover”.
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- E a nossa querida Rock It Band? Comente sobre essa fase.
Devo tudo e mais um pouco ao projeto “Rock It Band”.
Meu primeiro projeto sobre o Queen, pena que foi tão breve. Eu havia terminado a faculdade de jornalismo há pouco tempo e o Marcelo Facundo Severo (guitarrista e autor do Livro: “Queen Magic Works”) me ajudou muito em meu TCC sobre o Queen, então nos tornamos amigos rapidamente. Ele comentou algumas vezes sobre trabalharmos juntos em alguma banda (era um sonho para mim). Lembro-me que no final de setembro de 2012, já se falava muito no Queen’s Queen's Day e eu queria ir. Numa bela tarde ensolarada, o Facundo me ligou perguntando se eu não topava tocar no Queen’s Day com ele e uma galera. Obviamente eu topei e a partir daquele momento eu não dormia e não me alimentava direito, pois estava muito ansioso. Foram uns quatro ou cinco ensaios para o show, ensaios maravilhosos, descontraídos, tocando músicas “side B”, preparando algo especialmente para o Queen’s Day, foi um dos momentos mais deliciosos da minha vida, com certeza. Por causa desse projeto eu entrei para o mundo “Queen”, por causa desse projeto fiz amizades que vou levar para a vida inteira. Lembro-me do Helio lima ter sugerido o nome “Rock It Band”, e eu criei o logo encima da arte do álbum Jazz, por saber que ele não gostava muito do disco, ou seja, apesar do profissionalismo, nós brincamos e nos divertimos, sempre com muito respeito. Ainda hoje assisto aos vídeos e me arrepio, foi muito bom. Obrigado “Rock It Band”.
Meu primeiro projeto sobre o Queen, pena que foi tão breve. Eu havia terminado a faculdade de jornalismo há pouco tempo e o Marcelo Facundo Severo (guitarrista e autor do Livro: “Queen Magic Works”) me ajudou muito em meu TCC sobre o Queen, então nos tornamos amigos rapidamente. Ele comentou algumas vezes sobre trabalharmos juntos em alguma banda (era um sonho para mim). Lembro-me que no final de setembro de 2012, já se falava muito no Queen’s Queen's Day e eu queria ir. Numa bela tarde ensolarada, o Facundo me ligou perguntando se eu não topava tocar no Queen’s Day com ele e uma galera. Obviamente eu topei e a partir daquele momento eu não dormia e não me alimentava direito, pois estava muito ansioso. Foram uns quatro ou cinco ensaios para o show, ensaios maravilhosos, descontraídos, tocando músicas “side B”, preparando algo especialmente para o Queen’s Day, foi um dos momentos mais deliciosos da minha vida, com certeza. Por causa desse projeto eu entrei para o mundo “Queen”, por causa desse projeto fiz amizades que vou levar para a vida inteira. Lembro-me do Helio lima ter sugerido o nome “Rock It Band”, e eu criei o logo encima da arte do álbum Jazz, por saber que ele não gostava muito do disco, ou seja, apesar do profissionalismo, nós brincamos e nos divertimos, sempre com muito respeito. Ainda hoje assisto aos vídeos e me arrepio, foi muito bom. Obrigado “Rock It Band”.
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- Voltando ao Queen, diga - nos o que diabos aconteceu com Taylor no Jazz e nas baterias eletrônicas da Turnê do Works?
Sobre o “Queen Jazz”.
Sobre o “Queen Jazz”.
Particularmente, sem colocar meu gosto pessoal - já que o “Jazz” não é meu abum predileto - ainda acho que Roger fez um bom trabalho, vou explicar:
Por exemplo: Uma das levadas que eu mais gosto do Roger Taylor e com certeza é uma das batidas mais legais que ele fez no Queen é da música Brighton Rock, do Álbum “Sheer Heart Attack” (1974). Quando entra na parte dos solos de guitarra, a batida da bateria fica ainda mais interessante a partir de 2m12s. Anteriormente, Roger usou essa mesma batida na introdução da música “Blag”, ainda da banda Smile (pré-queen). Certo, no álbum Jazz, Roger volta a usar essa condução em “Let me entertain you” em 0m56s, um pouco mais lenta, mas é a mesma ideia, a mesma inspiração. Posso dizer seguramente, que essa versão de estúdio de “Let me entertain you” é uma das músicas mais complexas do Queen para se tocar na bateria. Todas as viradas são belíssimas e destacam muito bem a bateria, as mudanças repentinas do chimbal para o prato de condução são muito bem executadas e exigem atenção do baterista que quer tocar essa música.
Em quase todas as músicas Roger executa viradas que chamam atenção. Ouça “Leaving Home Ain't Easy”, viradas simples mas perfeitas.... “Dead On Time” tem uma levada forte e difícil, simplesmente genial.
A bateria do álbum Jazz tem um som maravilhoso, um dos que eu mais gosto de todos os discos do Queen. (Destaque para o som da caixa).
Nesse álbum, Roger usou uma bateria Gretsh, marca bastante usada por bateristas de Jazz (Charlie Watts dos Rollings Stones usada essa marca de bateria dese os anos 60’s até hoje). Em todos os outros álbuns, Roger usou baterias da marca Ludwig. (Marca que foi usada por grandes bateristas como Ringo Starr, John Boham, Alex Van Halen, entre muitos e muitos outros). Só para explicar melhor, Roger usou Ludwig até por volta do ano de 2005. Depois disso, passou para a marca DW.
Sobre as baterias eletrônicas usadas na tour do “The works”. Acho deprimente. Não sei onde o Roger arrumou aquelas baterias, mas não combinavam com nada. Não entendo por que ele decidiu tocar “another one bites the dust” com bateria eletrônica nessa tour, ficou muito ruim, se tratando de qualidade sonora. Alias, em algumas viradas ele acrescenta bateria eletrônica, quando eu ouço parece que alguém estava cravando uma faca no meu peito. Não sou muito fã da turnê do “The Works” por causa da bateria e pelo excesso de teclados. Justifico isso pelo sucesso de outras bandas que estavam usando bateria eletrônica e teclados naquela época, como o Whitesnake e Van Halen. Acho que o Queen quis arriscar um pouco nesse meio. Ainda bem que não continuou na “Magic Tour”.
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- No documentário "Days Of Our Lives" Mercury reconhece um problema de bits nas canções do Hot Space. Simplificando, seria algo com os andamentos. Você compartilha com essa tese?
De momento, não me lembro da entrevista, vou checar. Porém, estou lendo e assistindo tudo que posso para poder fazer um bom trabalho nos próximos dois workshops que estão agendados. Algumas informações que colhi me decepcionam. Pois em alguns trechos de algumas músicas, Roger nem toca, tudo não passa de sintetizador e bateria eletrônica programada. Porém algumas canções foram gravadas com bateria acústica, como Under Pressure. Basta comparar com “Dancer” por exemplo, e ouvir a vergonha que é aquela bateria.
Porém, se o álbum todo fosse gravado com bateria acústica, não teria o resultado que Mercury desejava. Agora, basta ouvir “Staying Power” ao vivo na turnê do Hot Space Tour e avaliar. Bom, eu mesmo digo: ficou muito melhor ao vivo com bateria acústica.
Geralmente, bateristas não gostam de baterias eletrônicas. Pois quando usa um equipamento tão tecnológico assim, você não tira o som, você não precisa ter pegada e nem estilo, pois um programa já está fazendo isso por você.
Porém, se o álbum todo fosse gravado com bateria acústica, não teria o resultado que Mercury desejava. Agora, basta ouvir “Staying Power” ao vivo na turnê do Hot Space Tour e avaliar. Bom, eu mesmo digo: ficou muito melhor ao vivo com bateria acústica.
Geralmente, bateristas não gostam de baterias eletrônicas. Pois quando usa um equipamento tão tecnológico assim, você não tira o som, você não precisa ter pegada e nem estilo, pois um programa já está fazendo isso por você.
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- E a carreira solo do Roger? Você gosta?
Sinceramente, prefiro ele como baterista do Queen.
Mas gosto dos álbuns “Fun In Space” e Strange Frontier, ao meu ver ele canta muito e faz alguns truques bacanas na guitarra também, nada que me prenda a atenção totalmente. Algumas coisas me decepcionam pela presença de bateria eletrônica e teclados “desnecessários”.
Mas gosto dos álbuns “Fun In Space” e Strange Frontier, ao meu ver ele canta muito e faz alguns truques bacanas na guitarra também, nada que me prenda a atenção totalmente. Algumas coisas me decepcionam pela presença de bateria eletrônica e teclados “desnecessários”.
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- Como chegou ao Queen Eternamente e qual sua torcida para a copa dos álbuns campeões?
Lembra que eu disse que devo muito ao projeto “Rock It Band”? Pois bem, após esse projeto o Helio Lima me apresentou ao Queen Eternamente.
Minha torcida é para o “A Night At The Opera”, venho estudando o processo de criação do Queen, para usar algumas coisas no meu workshop e esse álbum continua me inspirando e me surpreendendo.
Minha torcida é para o “A Night At The Opera”, venho estudando o processo de criação do Queen, para usar algumas coisas no meu workshop e esse álbum continua me inspirando e me surpreendendo.
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- É o seu álbum favorito? E o que menos gosta?
A Night At The Opera é meu favorito ao lado do Sheer Heart attack. Esse último ganhei do meu pai quando tinha 12 anos de idade, eu simplesmente ouvia o dia inteiro.
Não gosto muito do Flash Gordon. Gosto da música The Hero, mas o álbum com todos aqueles áudios do filme, não me agrada.
A Night At The Opera é meu favorito ao lado do Sheer Heart attack. Esse último ganhei do meu pai quando tinha 12 anos de idade, eu simplesmente ouvia o dia inteiro.
Não gosto muito do Flash Gordon. Gosto da música The Hero, mas o álbum com todos aqueles áudios do filme, não me agrada.
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- Gostou do Rainbow?
Mas é claro que gostei. Ficou com uma qualidade excelente. É interessante ver o Queen nessa fase. Se colocar Rainbow VS Wembley, primeiro vc vê uma banda que está crescendo, fazendo um show num lugar icônico, com um repertório sem um mega sucesso. Porém era um Queen que fazia questão de executar detalhes. O coral que eles fazem no Rainbow é muito bom, alinhado claro, ao instrumental impecável. Já no Wembley, eles esbanjaram hits, mas os detalhes foram esquecidos nas execuções ao vivo com o passar dos anos.
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- Deixe uma mensagem aos amigos do Queen Eternamente, e nos passe a agenda de workshops.
Eu realmente admiro o “Queen Eternamente”, vejo o trabalho e seriedade dos administradores, o carinho como que tudo é tratado. A oportunidade dada para que os amigos fãs do Queen tenham um espaço para debater sobre a banda é algo muito positivo. Acho que isso ajuda muito a manter a chama do Queen acesa no Brasil. As ideias que vocês tem, seja para fazer uma selfie com um lançamento,ou para votar num álbum, isso faz com que sejamos mais íntimos, amigos, companheiros. Já vi vídeos e fotos de filhos de fãs curtindo Queen aqui no grupo. Bem dizer, somos a “Familia Queen Eternamente”.
*** Introdução de Rafael Casado
Confira a fanpage:
https://www.facebook.com/RafaelCasadoDrummer?fref=ts
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