quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Vídeo e conteúdo da entrevista Queen+ Adam em Berlin
Na última quinta-feira (11), Brian May, Roger Taylor e Adam Lambert participaram de uma Conferência com a Imprensa e fizeram Photos Call no Ritz Carlton em Berlim, na Alemanha. Esta são as imagens...
PARTE DO CONTEÚDO DA ENTREVISTA
(fonte adamlambertbrasil - 11/12)
Adam: Igual a muita gente, eu ouvi essas grandes canções quando eu era uma criança, em alguns eventos tocavam “We Will Rock You”/”We Are The Champions”, essas músicas fazem parte da nossa infância, muitas pessoas da minha geração. Eu sempre soube dessas músicas, mas eu não sabia nada sobre a banda até quando eu era um pouco mais velho, quando eu comecei a gostar de rock and roll e uma vez me deparei com um vídeo deles e Freddie [Mercury] fazendo o que sempre faziam e eu me apaixonei instantaneamente, eu pensei “não existe ninguém igual como eles” e da maneira que Freddie cantava, como atacava a música e tinha esse fervor e do jeito que ele comandava no palco e ser exatamente quem ele era, eu fiquei muito inspirado por isso.
Brian: Talvez a coisa mais incrível é que não estávamos procurando por ele, mas lá estava ele, como se fosse um presente de Deus, porque você pode fazer uma audição com cinco milhões de pessoas e você nunca vai encontrar alguém como ele e de repente aí estava ele, ele nos escolheu, e por isso estou feliz.
Adam: Foi no final do Idol, na verdade, e eu estava muito impressionado com toda essa experiência, é muito rápido, é uma competição rápida de alta pressão, e eles me disseram “hey vamos conseguir Queen para o final” e meu queixo caiu, isso é surreal, eu não conseguia nem pensar direito e quando os conheci, eles foram tão amáveis e instruídos, o que me ajudou muito, porque eu estava assim tipo “onde estou, e quem sou.”
Brian: É uma grande turnê, com um nível muito alto e é ótimo poder ser capaz de fazer isso e eu acho que na minha mente eu pensei que provavelmente não estaria fazendo mais isso e se não tivéssemos encontrado Adam, eu tenho certeza que não estaríamos aqui, porque na verdade, nem Roger nem eu precisamos fazer isso, mas se a oportunidade entra, se a porta se abre e você pode tocar as músicas para as pessoas e ver seus rostos, é ótimo, porque não?
Roger: É, e funciona tão bem no palco, eu acho que é um grande desafio para nós.
Adam: E eu tenho que dizer que definitivamente cresci muito como artista ao trabalhar com eles, já estamos tocando juntos por cerca de 3 anos e meio agora desde a primeira vez que nos apresentamos juntos no palco. Eu conheci eles na final do Idol, fizemos “We Are the Champions”, essa foi nossa primeira vez juntos, e é interessante ao longo dos últimos quatro anos e meio, olho para trás para o início e foi marcante, mas sinto que estamos em uma ligação completamente nova agora, eu aprendi muito.
Brian: Mas com Adam é Queen, é muito mais Queen do que foi com Paul Rodgers, de fato um dos meus amigos mais velhos e queridos que fez a segurança para vários shows do Queen, foi ver um show que Adam fez quando estávamos em Vegas e ele falou “Eu já vi você em várias situações, foi ótimo com Paul Rodgers, mas hoje à noite eu vi Queen”, o que me fez confirmar o que nós somos, Adam traz uma qualidade muito natural e como disse Fritz “não, ele não é Freddie”. E ele não tenta ser Freddie nem por um instante. Mas algumas coisas que ele faz são muito, muito similares, muito parecido, e a semelhança que ele traz, além do instrumento extraordinário, porque ele tem um instrumento incrível como vocalista. Mas ele traz uma certa dose de humor, ele traz um pouco de ousadia, e é tudo natural, sabe, e ele funciona com a gente. Então essa é a minha resposta. É diferente e é muito legal.
Roger: Sim, na verdade eu acho que não gostaria de trabalhar com mais ninguém depois de trabalhar com Adam.
Adam: Sim, eu estou fazendo meu próprio estilo no sentido de não querer imitá-lo, mas eu também não quero me afastar muito da sua intenção, porque seria um pouco de sacrilégio de certa forma, acho que Freddie foi tão incrível e único e nunca haverá outro Freddie Mercury, ele é um ícone, então eu tenho sido muito cuidadoso, com a ajuda de ambos, em ter certeza de que há um equilíbrio e ao mesmo tempo, prestar respeito à memória de Queen, a memória que os fãs tem dessas canções. Tem tomado um pouco de tempo, mas eu realmente acho que alcançamos nossa meta agora nesta turnê em encontrar essa agradável harmonia entre o antigo, o novo, o passado e o presente.
Brian: Eu acho que tem sido melhor do que nunca, e eu não acho que Freddie estaria infeliz comigo dizendo isso, eu acho que é muito vivo e vibrante, temos um cantor maravilhoso e provavelmente, Roger e eu estamos tocando melhor do que costumávamos, eu acho que temos uma melhor atitude, aprendemos muito ao longo dos anos e ainda desafiamos um ao outro. Agora temos alguém novo para desafiar, então eu acho que é muito bom, também é uma grande produção, não estamos comprometendo nada nesta produção, este é um dos maiores shows que Queen já fez em termos de som e luzes.
Roger: Temos também outros três grandes músicos no palco, o baixista maravilhoso Neil, o meu filho Rufus está na percussão e no caso que tenha que assumir na bateria, e temos Spike como nosso tecladista, que está com a gente há muito tempo.
Adam: Houve momentos no palco, é parte do meu trabalho chegar lá e dar tudo de mim e ser confiante, mas especialmente quando começamos, eu tive muitos momentos de “Oh Meu Deus, será que posso fazer isso? Será que vou conseguir fazer isso? Eu não sou digno”, e ainda tenho momentos enquanto estou no palco e ouço o nome Freddie e eu fico “Ahh…”. É uma grande honra e me sinto enriquecido por isso.Mas também me sinto muito humilde, que os fãs tenham me aceitado, pelo menos aqueles que dizem que me aceitaram e eles (Brian e Roger) me aceitaram, é incrível, é uma honra.
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