Brian May e seu pai, Harold May, começaram a construir a guitarra elétrica em 1963. Ele sonhava com uma guitarra que iria superar qualquer das guitarras elétricas feitas comercialmente,
e seu pai tinha o conhecimento técnico e as habilidades para ajudar a
tornar o sonho realidade. Brian tocou a Red em todos os álbuns do
Queen, e em todos os shows da banda pelo mundo.
Neste livro, o leitor vai descobrir tudo o que sempre quis saber sobre o instrumento único de Brian. O guitarrista fala sobre todos os aspectos da Red especial, desde o seu nascimento até quando ele tocou no telhado do Palácio de Buckingham, assim como no Live Aid e na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Tudo isso é acompanhado com diagramas originais, rascunhos e notas que datam da construção da guitarra, bem como uma seleção de fotografias, incluindo Brian no palco com a guitarra, além de outros momentos.
Neste livro, o leitor vai descobrir tudo o que sempre quis saber sobre o instrumento único de Brian. O guitarrista fala sobre todos os aspectos da Red especial, desde o seu nascimento até quando ele tocou no telhado do Palácio de Buckingham, assim como no Live Aid e na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Tudo isso é acompanhado com diagramas originais, rascunhos e notas que datam da construção da guitarra, bem como uma seleção de fotografias, incluindo Brian no palco com a guitarra, além de outros momentos.
“Meu pai e eu decidimos fazer uma guitarra elétrica.
Eu projetei um instrumento a partir do zero, com a intenção de que ela
teria uma capacidade para além de tudo o que estava lá fora, mais
ajustáveis, com uma maior variedade de tons e sons, com uma vibração
melhor, e com uma capacidade de alimentação de volta no ar de uma forma
“boa”, diz Brian May.
Construindo “Old Lady” -- “Por volta de 1958, Brian May viu os amigos comprando guitarras
elétricas das marcas Gibson e Fender, mas ele não podia comprar.
Determinados, Brian e seu pai, Harold, encontraram a solução perfeita:
construir eles mesmos uma guitarra, seguindo as orientações de Brian,
que sabia muito o que queria.
Em 1963, iniciou a ‘gestação’ da Red em um pequeno dormitório da casa
que virou oficina. O primeiro problema foi achar a madeira potente, a
madeira certa. Encontraram uma chaminé feita de mogno que um amigo de
Brian lhe deu e ele foi esculpindo-a com um estilete até encontrar a
forma certa. O corpo foi feito com duas camadas de compensado sarrafeado
de 18mm com dois núcleos em carvalho de uma mesa, uma característica da
Red special são suas cavidades internas, feitas para se obter feedback
de uma forma controlada, Brian decidiu fazer essas cavidades, pois
quando começou a aprender guitarra, percebeu que as guitarras
hollow-body possuim mais feedback que as guitarras comuns de corpo
sólido.
O tremolo foi feito a mão por ele, usando uma faca de cozinha, molas da suspensão de uma velha moto dois parafusos,
um pedaço de aço que foi trabalhado para para servir como base do
tremolo e para a alavanca foi utilizado uma agulha de crochê da mãe de
Brian. A ponte também foi feita a mão pelo própio Brian, ela possui
pequenos rolamentos para que as cordas, com a ação da alavanca, não
sofram quase nenhuma fricção. Depois, percebeu que as coisas estavam
dando errado. Um dia, nervoso, jogou tudo pela janela. Mas reiniciou a
construção.
Ele e o pai decidiram criar as ferramentas para poder ter um
trabalho mais detalhado, único. Buscou na caixa de botões da mãe, o que
seriam as marcações. Terminada a tal criação, ainda faltavam os
capatadores, o tremolo e outras coisas. Os primeiros captadores foram
feitos pelo própio Brian, mas ele acabou comprando um conjunto de Burns
tri-sonic que ele modificou, invertendo a bobina e o imã do captador
central e os captadores da ponte e do braço foram parafinados, outro
aspecto curioso e particular da Red special são seu chaveamento, que
possui 6 chaves do tipo on-on 3 delas para ligar cada captador
separadamente em série e outros 3 para inverter a polaridade os
captadores, possibilitando 21 opções de ligação.
Brian levou a obra prima para a escola e mostrou-a para um
amigo, que de tão impressionado, quis trocar a guitarra dele de marca
famosa pela “Old Lady”. Ele não trocou. A Red Special foi polida e envernizada com uma cor avermelhada. Mas ainda não estava do jeito que ele queria. O
som não era puro, não era o que ele imaginava. Um dia, por acaso, ele
havia esquecido a palheta, e pegou uma moeda de 6 pences e o som saiu do
jeito que ele sonhou: puro, limpo. Assim nascia esta guitarra
tão cobiçada e única, que jamais haverá outra com tal sonoridade. O
custo total dela não chegou a oito libras (cerca de 40 reais).”
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