As 21hs vimos a Van com os integrantes da banda chegarem ao clube e não demorou muito para abrirem as portas de entrada para o público que logo procurou se acomodar nas mesas. O público que lotou o auditório era bem variado, fãs de todas as idades: famílias inteiras, pais, mães, filhos, tios, adolescentes, meia idade, pessoas mais velhas... E muitos com camisetas Queen.
As pessoas já acomodadas em seus lugares começaram a ficar um pouco ansiosas e impacientes pela demora em começar, pois a equipe técnica terminava os últimos ajustes do palco. O show atrasou uns 45 minutos. E enquanto não começava, as pessoas iam conversando, tirando fotos, comprando seus petiscos e refrescos.
As 22: 45 a banda fez seus primeiros acordes de WE Will Rock You (versão rápida) que animou de vez o público. Pablo Padin, o vocalista argentino, surge no palco vestindo jaqueta em couro Branca com detalhe em preto. A banda é composta por Pablo Padin (vocais), Francisco Calgaro (guitarra), Matias Albornoz (bateria) e Ezequiel Tibaldo (baixo).
Durante o Show houve outras trocas de roupas.
Além dessa jaqueta branca com preto, usou-se a roupa completa com jaqueta amarela, aquela famosa roupa usada nas apresentações do ano de 86 em Wembley, sendo a mais conhecida roupa de Freddie Mercury nos palcos. Os outros integrantes também foram fiéis nos cabelos e nas roupas, procurando vesti-se o mais próximo possível do original.
Já mais para o final a jaqueta amarela foi trocada por uma toda branca do mesmo modelo e por baixo uma camiseta colorida igual ao original. Também não faltou calça justa clara com camiseta regata branca, outra marca registrada nas apresentações de Freddie com o Queen.
O repertório foi baseado nas mais conhecidas músicas, aqueles hits que todos conhecem e gostam e com algumas canções menos tocadas em shows covers como White Man, Headlong, Bycicle Races. Ainda incluíram Big Spender, uma música que não é de autoria do Queen mas que foi tocada nos Shows de Wembley 86 sendo então conhecida pelos fãs. Pablo ao se preparar para Crazy Little Thins Called Love, convidou a todos para uma animada dança.
O público vibrou, cantou, se agitou e aplaudiu bastante, principalmente nas canções que sempre emocionam como Love of my life, Sombody to love, Save-me, Who Wants to Live Forever, Bohemian Rhapsody. Durante o show as músicas se alternaram entre canções mais pesadas e intensas, composições dançantes e agitadas como I want to Break Free e Radio GaGa que levou o público a acompanha-las com palmas e aqueles famosos gestos clássicos. Não faltou composições mais românticas e calmas.
Houve também um ótimo momento em que o guitarrista Francisco Calgaro reproduziu muito bem uma parte do solo de Brian May usando uma cópia da famosa guitarra Red Special de Brian May.
Depois uma pequena pausa já no final do último bloco.A banda volta para o encerramento clássico e chamando as pessoas para frente do palco: We Will Rock You ( versão tradicional) e We are de Champions, encerraram a noite. E para completar, o vocalista, aparece com as bandeiras argentina e brasileira e vestindo camisa do Clube Esportivo Juventus. Depois vai buscar a coroa e o manto “real” como fez Freddie na turnê da Magic Tour. Muito bom, acho que não faltou nada mais...
A banda faz um show tecnicamente muito “certinho” e afinado, tentando o máximo reproduzir os shows do Queen em todos os aspectos: no visual do palco, nas roupas, nos gestos e até nos equipamentos como a guitarra Red Special, o baixo, os amplificadores, etc. No palco, Pablo só usa o inglês para que tudo seja o mais fiel, além de tocar piano e violão. Me senti como num grande espetáculo teatral.
É muito bom ver grandes bandas covers internacionais, mas depois fiquei pensando nas nossas bandas, nos músicos que tocam Queen aqui do Brasil. Nosso produto nacional não deve ser esquecido e sim tratado com muito carinho. Todo o trabalho é fruto do esforço de músicos que gostam do que fazem e sobrevivem graças ao espaço que é dado a eles nos bares, teatros, festivais e aos fãs que prestigiam os shows. Eles não tem todo aquele equipamento sofisticado e muitas vezes nem o palco tem espaço suficiente para a apresentação. Mas isso não impede que eles continuem seu trabalho com dignidade e mesmo assim, algumas bandas até conseguem agendas lotadas!
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