Queen: E depois
de Freddie Mercury?
ENTENDENDO
A ERA PÓS-FREDDIE DO QUEEN
Uma nova turnê, agora na América (EUA e Canadá) de
Queen + Adam Lamber, foi anunciada para o verão deste ano de 2014. Muito legal
isso! Maravilha! Acreditamos que o show deve continuar. Mas será que todos os
fãs concordam com isso? Críticas de fãs a esse respeito, nossa!, existem muito. Há os inconformados, mas há os
que apoiam muito... Então aproveitando esse tema bem oportuno para os dias de
hoje, trago um texto para reflexão sobre o período atual do Queen. A banda que já
não tem mais o grande Freddie Mercury, procura manter sua memória cuidando
desse precioso tesouro musical. E eles o fazem de uma forma muito viva,
renovada e bem atual.
Uma nova turnê, agora na América (EUA e Canadá) de Queen + Adam Lamber, foi anunciada para o verão deste ano de 2014. Muito legal isso! Maravilha! Acreditamos que o show deve continuar. Mas será que todos os fãs concordam com isso? Críticas de fãs a esse respeito, nossa!, existem muito. Há os inconformados, mas há os que apoiam muito... Então aproveitando esse tema bem oportuno para os dias de hoje, trago um texto para reflexão sobre o período atual do Queen. A banda que já não tem mais o grande Freddie Mercury, procura manter sua memória cuidando desse precioso tesouro musical. E eles o fazem de uma forma muito viva, renovada e bem atual.
Queen+ Paul Rodgers |
*** (queenonline.com)-
Em 16 de outubro de 2008, eu tinha algo: um sonho de infância tornando-se
realidade. Eu fui assistir o Queen ao vivo, tocando seus maiores sucessos. Paul
Rodgers, uma das grandes vozes do rock, apenas está completando a grande noite.
Lendo o set-list, parecia ser uma noite com algumas das canções favoritas do
mundo, todas alinhadas uma após a outra. Eu estive em concertos de outros
artistas antes, mas este era diferente, era uma banda que eu adorava desde criança.
A qualidade da noite, as luzes fantásticas, efeitos visuais e tudo mais que
compõe uma noite com a marca Queen, não seria a única razão e motivação que eu
me lembro para estar no concerto. Foi uma explosão tão surreal, tão fora de
lugar que nunca vou esquecê-lo.
Queen+ Adam Lambert |
Na minha mente, esse
evento único é tudo o que você precisa saber sobre a reação de algumas pessoas com
a carreira do Queen pós-Freddie. De reclamações sobre o show Tributo Freddie
Mercury, do Made in Heaven, do seu tempo com Paul Rodgers, (e agora com Adam
Lambert), dos re-lançamentos...
Sobre a
atualidade Queen e o futuro, Brian May e Roger Taylor tem todos os seus
movimentos e escolhas examinados por uma base de fãs infãmios. Por terem os fãs
mais apaixonados na história da música, eles (Roger e Brian) devem se sentir fantásticos
e terríveis, ao mesmo tempo. Pessoas que eram apenas crianças ou nem sequer nascidos
quando Freddie morreu ou também alguns fãs antigos, se unem na internet em massa
para espalhar a mensagem que o show certamente não deveria ter continuado, que o
teatro fechou, que atualmente tudo está é uma bagunça com a adição de novas idéias
e novos caminhos para o legado do Queen....Isso tudo é sobre sua história que
tem levado os fãs a fazer uma espécie superproteção de todo o trabalho da banda.
Pessoas que não
seguem uma direção única para escolher seus gostos musicais, foram talvez
comprar os álbuns uma grande parte talvez herdando (a influência) dos seus
pais. Por outro lado, outros músicos
igualmente bem-sucedidos não tiveram realmente esse mesmo questionamento:
vocais de Elvis têm sido usados para um espetáculo do Cirque de Soleil tanto
como as músicas dos Beatles. O álbum e turnê de ex-companheiros de Elvis um
sucesso, Mamma Mia, o Musical do Abba, sempre bem aplaudidos, mas esses
vários exemplos não têm Freddie Mercury.
E é aí que temos que olhar para as coisas de uma perspectiva diferente. Álbuns solo de Freddie Mercury não eram fantásticos, eles eram muito fora do tempo, da moda e quando relançados, agora parecem cotados além da crença. Há boas faixas lá, é claro, mas as pessoas vão se lembrar é do trabalho de Freddie com o Queen e não do seu material solo. A banda como uma unidade, conseguiu puxar esse material de volta... Eles estavam lá para dizer quanto essas idéias eram “demais” mesmo depois das regravações que incluíram a participação dos outros membros na gravação renovada. E se Freddie estivesse vivo, teria o Queen a metade do respeito que temos hoje? Os fãs estariam tão orgulhosos da banda ainda estando em turnê? Se John Lennon estivesse vivo, os Beatles estariam juntos novamente? É o mesmo tipo de questão: é interessante pensar, mas juntamente com esses simples fatos, as coisas teriam sido muito diferentes.
Isso acontece com filmes, jogos em vídeo, livros e definitivamente, acontece com a música. Ela chega a um ponto em que uma pessoa criativa ou várias pessoas que atingem um pico, não importa o que eles criem após esse pico, eles nunca irão agradar a todos. Por um longo tempo, A Night at the Opera foi visto como um pico na obra do Queen, muito maior do que eles eram capazes. Innuendo foi visto em uma luz semelhante por um tempo, eu acho. Cada peça de trabalho que o Queen tem feito desde Made in Heaven, tem sido comparado à forma de como seria com Freddie - o que é completamente justo, é claro – no entanto não é julgado pelos seus méritos próprios do momento e certamente não de forma objetiva.
Os últimos anos
do Queen e certamente seu sucesso após o show Tributo e o relançamento de
Bohemian Rhapsody, são uma reação à morte de Freddie. Seus últimos álbuns
apresentam canções que a banda nunca iria executar ao vivo com o seu frontman.
O seu tempo extra no estúdio dá as canções um brilho extra e uma vez que
Freddie morreu, um significado extra provoca arrepios na espinha. The Show Must
Go On foi lançada como single apenas seis semanas antes de Freddie morrer,
poucas pessoas teriam compreendido o significado mais profundo por trás dela
nesse ponto.
Mesmo com o anúncio recente de que os cofres estão novamente sendo abertos e
que um álbum novo do Queen em torno de antigas demos vocais de Freddie poderia
vir a tona, iríamos ver o outro lado das mesmas queixas antigas. As pessoas
iriam agora dizer que os membros restantes estão tentando muito ampliar seu
tempo com Freddie, ao invés de celebrar algumas das músicas que nunca existiram.
Em resumo: eles não podem vencer. E os dois dos membros fundadores do Queen,
pessoas que foram extremamente importantes para cada pequena coisa que saiu com
o nome Queen, estão sendo forçados pelos prórios fãs a sair de seu próprio
legado e passar a uma situação trágica.
The Cosmos Rocks com Queen+ Paul Rogers foi um
álbum decente, “cheio até a borda” com o rufar icônico e um som de guitarra
instantaneamente reconhecível de um álbum Queen, completado com a poderosa
técnica vocal de um cantor extremamente respeitado. Fãs pareciam concentrar-se
em quão melhor seria se Freddie tivesse sido diretamente envolvido (mesmo
sabendo que isso não seria possível), ou como Brian e Roger mancharam o nome da
banda, continuando a gravar música como Queen (que coisa!)... No final, eles não olharam para o álbum como
um trabalho de música. É difícil colocar a culpa exclusivamente nos fãs, porque
a imprensa musical também queixou-se sobre o novo álbum, batendo a tecla na
falta de Freddie, sendo que a banda não tinha nenhum controle sobre isso.
É completamente chocante que na metade da vida do Queen, sem dúvida, um período
de muito sucesso em suas carreiras tenha sido sem Freddie Mercury. Apesar de
coisas que alguns fãs renegam completamente, o Queen + “um vocalista” soava realmente
estranho no começo... Mas o barco da banda foi navegando com muito sucesso. Eu
estou interessado, animado mesmo, para o que poderíamos estar vendo no futuro,
mesmo que nem sempre são coisas que eu necessariamente gosto ou aprovo. Não é o
meu papel julgar a banda em suas decisões, eles não estão fazendo essas
decisões por mim, eles estão fazendo essas decisões com base no que é melhor
para crescer a marca.
Algumas pessoas dizem que John Deacon está deixando provas de que ele não
estava feliz com a direção que Brian e Roger foram seguindo, que ele tinha
algum tipo de rancor estranho, que eles estavam vivendo sua vida sem Freddie. É
uma imagem estranha colocar alguém famoso por ser tão tímido e pegar essa sua
imagem como uma espécie de raiva agressiva e passiva. É uma personalidade que
os fãs assumiram e projetaram sobre ele, quase como um mártir para a causa. O
que John pensa de Cosmos Rocks? Qual foi sua opinião sobre as versões Paul
Rodgers e Adam Lambert de suas canções e as músicas de seus ex-companheiros de
banda? Não é justo arriscar um palpite, muito menos forçar nossas opiniões
sobre o quadro em branco que sua personalidade foi transformada na internet.
É tempo para um pouco mais de justiça, um pouco de aceitação, uma nova
perspectiva, depois de mais de quarenta anos no topo. É importante que vejamos
o que cada membro trouxe para a mesa, que Brian e Roger ainda são senhores do
legado e têm todo o direito de continuar a serem mestres no que fazem e o fazem
com qualidade. Então agora, peço que você tome um outro olhar para a era
pós-Freddie do Queen. Aceitar que eles nunca tentaram substituir o grande
homem, mas que eles apenas tentaram continuar fazendo o que eles estavam
fazendo pela vida toda. Paul Rodgers (e atualmente Adam Lambert) não tentam
cantar Freddie - eles provavelmente iriam rir se eles fossem convidados a isso
- eles cantaram os hinos do rock que foram escritos pelos 4 membros. Freddie se
foi, mas suas músicas e seu trabalho permanecerão para sempre. O legado não irá
desaparecer, mesmo com a construção de algo novo sobre os fundamentos sólidos
da banda. Ele estará lá, aparecerá, será evidente, mas será tratado com todo o
cuidado: o de fazer só o que todo aquele material de trabalho permite.***
Mesmo com o anúncio recente de que os cofres estão novamente sendo abertos e que um álbum novo do Queen em torno de antigas demos vocais de Freddie poderia vir a tona, iríamos ver o outro lado das mesmas queixas antigas. As pessoas iriam agora dizer que os membros restantes estão tentando muito ampliar seu tempo com Freddie, ao invés de celebrar algumas das músicas que nunca existiram. Em resumo: eles não podem vencer. E os dois dos membros fundadores do Queen, pessoas que foram extremamente importantes para cada pequena coisa que saiu com o nome Queen, estão sendo forçados pelos prórios fãs a sair de seu próprio legado e passar a uma situação trágica.
The Cosmos Rocks com Queen+ Paul Rogers foi um álbum decente, “cheio até a borda” com o rufar icônico e um som de guitarra instantaneamente reconhecível de um álbum Queen, completado com a poderosa técnica vocal de um cantor extremamente respeitado. Fãs pareciam concentrar-se em quão melhor seria se Freddie tivesse sido diretamente envolvido (mesmo sabendo que isso não seria possível), ou como Brian e Roger mancharam o nome da banda, continuando a gravar música como Queen (que coisa!)... No final, eles não olharam para o álbum como um trabalho de música. É difícil colocar a culpa exclusivamente nos fãs, porque a imprensa musical também queixou-se sobre o novo álbum, batendo a tecla na falta de Freddie, sendo que a banda não tinha nenhum controle sobre isso.
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