domingo, 4 de outubro de 2015

A genialidade de Brian May

29/9/2015 - Por Herick Sales, Fonte: Herick Sales Guitar reproduzido em Whiphash
 
Muitos que não davam lá muita bola para o Queen e o grande Brian May, ficaram encantados com o show do dia 18, no Rock In Rio. Que se exploda se Adam Lambert é um garoto (muito talentoso, sejamos francos), que destoa um pouco da banda. Foi um lindo tributo e celebração à obra da banda. Muitos alunos e amigos ficaram encantados com a alegria de Roger Taylor e de Brian, além de espantados com sua pegada e forma de manusear a guitarra. E Só uma coisa sobre ele gênio. Um dos poucos que podem receber esse adjetivo, com pleno merecimento, sem ser mero "puxasaquismo".
 
Resultado de imagem para red special guitar originalJuntamente com o Queen, Brian May, escreveu as mais belas linhas da música contemporânea, com um ecletismo sobrenatural, mas nunca deixando de mostrar belos arranjos de guitarra. Gostaria de ressaltar, não só detalhes, como o de que ele e seu pai construíram sua própria guitarra, a Red Special, com madeira de uma antiga lareira, com a ponte feita à mão, com componentes de motocicleta e uma agulha de tricô, sendo essa guitarra, a primeira a ser fabricada com as tão amadas 24 casas (no total, ela não custou nem oito libras, cerca de 40 reais), fora o fato dele tocar com uma moeda no lugar da palheta. Há detalhes maiores, por trás das mãos e obra desse gênio (sim! Repito gênio! ).
 
Resultado de imagem para logo queenCom o Queen, Brian May deu alicerces mais do que seguros para o desenvolvimento do glam rock (lembram das bandas dos anos 80, com roupas espalhafatosas?), hard/rock, heavy metal e do rock progressivo, misturando os vocais harmonizados do Yes, com o peso e pancadaria de um Led Zeppelin ou um Black Sabbath. Seu timbre, sua pegada (ouça a violência de seus bends) e sua visão, em misturar conceitos eruditos, e a sobreposição de camadas de guitarra, tornou-se mitológica, influenciando quase todos que vieram depois, e arrancando elogios de quem veio antes: Joe Satriani, Slash, Nuno Bettencourt, Edu Ardanuy, Jeff Loomis, Tony Iommi (além de serem grandes amigos, Iommi credita a inspiração para a gravação de canções mais ousadas, no clássico do Sabbath "Sabotage", ao disco "A Night at the Opera", do Queen), e uma infinidade de outros músicos. Até mesmo o carrancudo e soberbo Malmsteen já assumiu em entrevista, que em se tratando de gravações de camadas de guitarra, Brain May, é sua maior referência.
 
Resultado de imagem para Brian may on stageNão há muito mais o que falar, e explicar... posso dizer, como experiência pessoal, que álbuns como "Queen II", "Live Killers" (pra mim, o melhor ao vivo da historia, depois do "Made in Japan", do Deep Purple), "The Game", "The miracle" e "Innuendo", fora os shows em DVD, tocavam incessantemente em meus momentos de estudo, na tentativa de absorver elementos de sua musicalidade. Queen foi a primeira banda a compor um thrash metal (a canção Stone Cold Crazy, que ganhou cover do Metallica), e compôs "Bohemian Rhapsody", considerada "apenas" a música do século.

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