A actuação em Lisboa sucede no âmbito da primeira digressão nacional da orquestra, formada a partir do Festival de Música e Dança Art & Cult, realizado em parceria com o Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz (CAE), é uma iniciativa da associação Smooth Vibrations, fundada pelo músico e professor Cristiano Silva, que lidera o projecto, este ano na sexta edição.
"O CAE é a casa-mãe da orquestra, é a primeira vez que vamos levar o nome do evento para fora da Figueira da Foz", disse à agência Lusa Cristiano Silva.
Este ano, a orquestra - constituída por jovens músicos que vêm participando nos últimos cinco anos no projecto e outros que se inscrevam para o festival de verão, com ensaios e outras actividades agendadas para o CAE entre 20 e 28 de Julho - aposta em recriar a Queen Symphony, obra do compositor inglês de ascendência turca cipriota Tolga Kashif, estreada pela Royal Philharmonic Orchestra em 2002, e dedicada à célebre banda de pop rock.
A digressão estreia em Lisboa (Campo Pequeno, 26 de Julho) passa por Santa Maria da Feira (27 do mesmo mês) e regressa à Figueira da Foz a 28 de Julho, com o espectáculo final.
Cristiano Silva aliou o "gosto particular" pelos Queen ao trabalho de Tolga Kashif - de quem, actualmente, é aluno de direcção de orquestra em Londres - para ensaiar com jovens músicos "de Faro a Valença e de Castelo Branco à Figueira da Foz" num obra sinfónica que o próprio considera de "extrema" dificuldade.
"São seis andamentos em redor de 18 temas dos Queen", revelou.
O festival de música e dança estende-se também a participantes mais novos, com menos conhecimentos musicais, que, após as residências artísticas "com ensaios regulares" subirão aos palcos de Lisboa, Santa Maria da Feira e Figueira da Foz na primeira parte da Queen Symphony, com uma peça musical distinta daquela.
Cristiano Silva aponta a "cumplicidade" da autarquia da Figueira da Foz no apoio e promoção do evento, concretamente o vereador com o pelouro da Cultura, António Tavares, que, ouvido pela Lusa, disse que a Orquestra Nacional de Jovens, deverá mostrar, este ano, "todas as suas potencialidades".
"Tem músicos muito bons, julgo que vai ser um grande espectáculo de uma orquestra que tem sede na Figueira da Foz", argumentou.
Nas anteriores cinco edições o festival Art & Cult começou por reunir percussionistas, depois evoluiu para instrumentos de corda, sopros e metais, até à canto e à dança.
Teresa Vilaça, co-fundadora da Smooth Vibrations e responsável pela logística do evento espera que o número de participantes deste ano aumente, embora as inscrições ainda não estejam abertas.
"Temos tido um óptimo ‘feedback'. Este ano, na área da dança, já tivemos contacto de uma escola de Elvas que quer participar com os seus alunos e também, no canto, há um grupo interessado de 40 alunos do Conservatório Regional de Castelo Branco", indicou.
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