quinta-feira, 19 de junho de 2014

QUEEN MAIS ADAM LAMBERT‏ - Opinião

Em 1991, quando o Queen lançava seu último disco com Freddie Mercury ainda vivo, uma música chamava atenção dos fãs e público em geral. Talvez a canção mais emblemática daquele Innuendo, que falava sobre o fim, sobre dor, sobre perda, mas acima de tudo, sobre o prosseguir, o seguir em frente. The Show Must Go On, escrita por todo o grupo mostrava um pouco do querer daquele que foi um dos maiores vocalistas do rock n' roll, e que no dia 24 de novembro daquele triste início dos anos 1990, morreria em decorrência da AIDS. Os remanescentes do grupo, o guitarrista Brian May, eu baterista Roger Taylor, entenderam bem o recado. Colocaram a tristeza de lado e partiram para a luta. Aliás, quem é aquele músico de verdade que vê o bonde parar quando ainda existe vida para se seguir? Os dois, que foram fundadores da banda (inclusive, estavam no Queen ainda quando a banda se chamava Smile), fizeram um tributo especial um ano depois, lançaram um disco de inéditas, em 1995, outras coletâneas, se reuniram com diversos artistas, excursionaram com Paul Rodgers, lançaram DVD com ele, disco novo da banda e agora, dois anos depois do primeiro encontro (eles fizeram shows, em 2012, na Ucrânia e Rússia), retornaram as atividades com Adam Lambert. É, o Adam Lambert mesmo. O cantor pop que ficou conhecido naquele programa de novos talentos American Idol. Muitos fãs torceram o nariz para a ideia, achavam (e acham) que é um tiro no pé. Mas, para aqueles mais saudosistas, pouco importa se é com Adam Lambert ou com Rodgers, o que importa é manter viva a ideia deixada por Mercury na canção que encerra sua última insinuação. Na segunda-feira (16), o “novo” Queen realizou um show especial para 500 pessoas no iHeart Radio Theatre, em Los Angeles, para anunciar sua nova turnê que passará por Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão, e deve terminar no fim do ano. Mas não para por aí. Em setembro, a Queen Produções já anunciou o lançamento do DVD, CD e Bluray do show realizado pela banda em 1974, no Rainbow Theatre. Um presente para os fãs mais enlouquecidos, visto que a apresentação foi feita quando o grupo lançava o seu terceiro disco, ou seja, quando os grandes clássicos ainda não tinham sido produzidos. Realmente, um presentaço. O lançamento está previsto para o dia 8 de setembro, três dias depois do aniversário de 68 anos de Freddie Mercury, caso ele estivesse vivo. Mas as boas novas aos fãs do Queen não param por aí. No fim do ano já há a promessa de lançamento de um disco com inéditas cantadas por Mercury e tocadas pelos remanescentes do grupo. Há, inclusive, a possibilidade de se estar no disco as três canções interpretadas por Freddie e Michael Jackson. Ou seja, um deleite para os fãs do rei do pop e para a rainha do rock. Brian May não chegou a detalhar muito sobre o o disco, mas o título pode ser Queen Forever. Nada mais apaixonante. O que se lamenta entre os fãs mais nostálgicos é a ausência de John Deacon, o ex-baixista do grupo. Distante dos holofotes da grande mídia desde a morte do amigo, Deacon evita falar com a imprensa, falar com os membros restantes do Queen e, infelizmente, se distanciou da música. Recentemente, boatos deram conta de que John teria desavenças tremendas com Brian e Roger, o que não é confirmado por eles. Brian chegou a dizer que todas atitudes tomadas em relação à banda são feitas em comum acordo entre os três, e com familiares de Freddie Mercury. Para os admiradores do grupo, no entanto, o que importa é a presença viva e pulsante dos hinos que foram eternizados pelos quatro gênios do rock n' roll britânico. Se era desejo de Freddie Mercury que o show não terminasse, que se levantem as cortinas, cresçam os sorrisos, preparem o pulmão e cantem, porque o Show Tem que Continuar. Miguel Martins Repórter Diário do Nordeste Contatos https://twitter.com/MiguelMartins1 https://www.facebook.com/miguelmartinsdesoares redacao.politica7@diariodonordeste.com.br (85) 8657 4720 / 3266 9778/9779

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