domingo, 29 de junho de 2014

The Game: 34 anos em 2014

The Game - Queen - Happy 34th Birthday - June 30th, 1980 - June 30th, 2014
http://roqueveloz.wordpress.com/2010/11/24/1980-queen-the-game/

Em 1980, foi lançado o oitavo álbum de estúdio da banda britânica Queen, intitulado de “The Game”. O disco contava com músicas cheias de uma levada mais pop e radiofônica comparado a seus trabalhos anteriores. Por conta disso, chegou a alcançar a primeira posição nas paradas em diversos países. Com pouco mais de meia hora e dez músicas o disco foi sucesso de público e crítica e traz alguns dos melhores momentos da banda.

1.”Play the Game”   (Freddie Mercury)    
Uma dramática introdução no piano com os vocais de Freddie acompanhando os acordes perfeitamente, Play The Game abre o álbum de forma estrondosa lembrando o Queen de “We are the Champions”, porém com um peso a mais, destacado pelos sintetizadores no meio da música e os diversos solos de Brian May, que soam rotineiros mas magníficos, aonde o som de sua guitarra é inconfundível. A música não tem um refrão marcante, o que poderia ser considerado um contra, mas se tratando de Queen isso até passa despercebido, pois contrasta com as inúmeras passagens melódicas e arrepiantes durante toda sua execução mostrando a habilidade que Mercury tinha para interpretar uma música.
2.”Dragon Attack”   (Brian May)    
Em seguida temos Dragon Attack, que é a faixa que mais lembra o passado da banda. É um divertido rock com um pé no hard rock setentista. Escrita por Brian May possue momentos muito parecidos com outra lenda do rock, o Led Zeppelin. O Solo aqui é impecável, Brian May destrói tudo em uma improvisação de blues em quase um minuto de instrumental. Vale também destacar algumas divertidas passagens de baixo, que não passam despercebido, mostrando também que John Deacon é um dos baixistas com maior presença no cenário do Rock.
3.”Another One Bites the Dust”   (John Deacon)   
Provavelmente o riff de baixo mais conhecido e reproduzido do rock, a introdução da música está presente em diversos remixes, até mesmo em outros gêneros, como o Hip-Hop, e é um chiclete que gruda na sua cabeça durante o dia inteiro. Seu riff foi inspirado na canção disco “Good Times” da banda Chic, que foi lançada um ano antes. John era amigo do baixista. A música não tem nenhum tipo de sintetizador, ou seja, todos os efeitos foram criados por instrumentos reais. A banda também não tinha intenção de lança-la como single, mas após a sugestão de ninguém menos que Michael Jackson, os britânicos o fizeram e isso lhe rendeu nada menos do que um Grammy de melhor performance de rock. A composição também figurou entre as primeiras nas listas das paradas da música negra americana. Enfim, a música é um marco na história e agrada a maioria de seus ouvintes, uma genialidade composta pelo baixista Deacon.
4.”Need Your Loving Tonight” (Deacon)    
E para provar de vez que um baixista não é só um bonequinho no palco (em vários casos sim, mas aqui não), Deacon mostra outra composição sua, um rockabilly rápido e divertido, com fortes influências de outro quarteto famoso da Inglaterra, os Beatles. Need Your Loving Tonight não chega a ter 3 minutos, mas marca como uma das melhores apresentações durante o álbum e lembra os tempos de inocência do Rock And Roll. É uma faixa que poderia ter sido facilmente lançada nos anos 50 e 60, e provavelmente por isso não foi um dos singles mais tocados do álbum, apesar de ter feito um enorme sucesso.
5.”Crazy Little Thing Called Love” (Mercury)    
Seguindo a linha do Rockabilly, temos uma das composições bem famosas do vocalista Freddie Mercury que foi feita como uma homenagem ao rei do rock Elvis Presley. Relatos dizem que Freddie compôs a música no violão entre 5 e 10 minutos e que o restante da banda aprovou na hora. A música foi sucesso por onde passou, e em quase todos os países figurou entre o 1o lugar das paradas, inclusive no Brasil. Chegou a fazer parte da trilha sonora da novela global “Tempos Modernos”. É uma canção atemporal e assim como “Need Your Loving Tonight” poderia fácilmente ter sido lançada em décadas anteriores.
6.”Rock It (Prime Jive)”  (Roger Taylor)    
Composição do baterista Roger Taylor, Rock It tem um começo lento com cara de balada. Seu início tem a voz de Freddie Mercury. Logo em seguida Roger com aquela sua voz rouca característica assume os vocais declarando o amor pelo Rock N’ Roll numa explosão genial de aceleração. Rock It é a música mais longa do álbum, mas isso não atrapalha a escuta, aonde o ouvinte é levado a curtir a composição até o fim. Uma versão dela foi usada para abrir a animação de Hannah-Barbera, chamada “Rock Odissey”.
7.”Don’t Try Suicide”     (Mercury)   
Temos uma faixa com cara de “brincadeira de estúdio”, e nesse estilo de improvisação com palminhas e um riff de baixo criativo, a banda toda entra e uma letra bem inspiradora de Freddie Mercury, diz para não se tentar o suicídio, que não vale a pena. Uma vibrante e criativa melodia que numa primeira escuta nos parece estranha mas depois ao se prestar mais atenção, percebe-se a genialidade da composição aonde o baixo tem o seu merecido destaque.
8.”Sail Away Sweet Sister”   (May)    
Balada que tem seu início ao piano acompanhado suavemente pelo baixo. Nos vocais principais Brian May o guitarrista da banda. Sail Away Sweet Sister tem como principal destaque o solo, e o refrão que gruda quase que imediatamente na cabeça. Vale também citar a versão que o Guns N’ Roses fez recentemente para a música, aousar-la como introdução a Sweet Child O’ Mine em alguns shows.
9.”Coming Soon”   (Roger Taylor)  
Outro rápido e divertido rock no estilo Roger de compor. Para alguns ela fica marcada por não ter aquele brilho do restante das faixas por conta da repetição exagerada do refrão e do riff, e ser mais no estilo comercial. Mas como não gostar dela! Contém bons solo de guitarra de Brian May.
10.”Save Me”  (May)    
E para finalizar essa obra prima, temos Save Me, escrita com toda a sensibilidade por Brian May para um amigo (que provavelmente seria Freddie) que tinha acabado de sair de um relacionamento. Você pode achar que a canção não acrescenta nada de novo ao álbum e parece um punhado de tudo já tocado até aqui. Mas o jeito como a música foi composta, tocada e interpretada é lindo e merece todo o destaque e os fãs adoram! Não chegou a figurar nas primeiras posições das paradas, mas ficou muito bem colocada em diversos países, o que fez com que a música ganhasse grande destaque em shows da banda na época. É sempre bem pedida em apresentações das bandas tributo e covers.

E assim, se encerra “The Game” um ótimo álbum, de uma das melhores bandas do rock, que é o Queen. Freddie Mercury deixou seu legado e ainda deixa saudade, não é qualquer um que faz o que ele fez pela música e apesar de todo o preconceito por conta de sua homossexualidade, Sua música conseguiu quebrar barreiras inimagináveis e sempre terá o respeito dos amantes da música, portanto Descanse em paz Freddie.

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