sexta-feira, 11 de julho de 2014
Forbes: “Nós devemos avaliar Queen + Adam Lambert da mesma forma que avaliamos Iggy Azaelia?”
Nós devemos avaliar Queen + Adam Lambert da mesma forma que avaliamos Iggy Azaelia?
A banda Queen foi fundada há 44 anos atrás. Demorou alguns anos e álbuns para se tornar uma das maiores bandas de rock de estádio do mundo. Em meados da década de 1980, Queen estava quebrando recordes de público e de vendas de álbuns.
Na semana passada, dois membros originais do Queen, Brian May e Roger Taylor lançaram uma turnê com Adam Lambert, ocupando o lugar do falecido Freddie Mercury. Queen se juntou aos Rolling Stones e ZZ Top, ao manter sua marca viva nos palcos aos seus cinquenta e sessenta anos.
Comentários do desempenho tem sido em sua maioria de êxtase, mas alguns críticos têm chamado a banda para criar alguma música nova juntos, em vez de lançar mais álbuns liderados por Freddie Mercury. Será que o Queen reconfigurado precisa fazer música nova para ser considerada eficaz? No cerne desta questão, é uma pergunta que interessa não apenas para bandas, mas para qualquer organização: Devemos avaliar a eficácia de uma organização madura usando os mesmos critérios que usamos para os iniciantes? Devemos julgar a Queen com Adam Lambert usando a mesma métrica com a qual avaliamos os novos talentos, como Iggy Azaelia ou Imagine Dragons?
De acordo com um estudo realizado pelos professores de Administração, Robert E. Quinn e Kim Cameron, “Organização dos ciclos da vida e critério de mudança: algumas evidências preliminares”, a resposta é não. A forma com a qual devemos definir e avaliar o sucesso de uma organização depende do ciclo de vida em que ela se encontra.
Uma nova fase musical é como uma nova empresa. Ela está em sua fase empreendedora. Seu foco principal é criar, inovar, adquirir recursos e obter apoio externo. Para as empresas, isso significa garantir os seus primeiros clientes e investidores. Para uma banda, isso significa começar seus primeiros milhões de visualizações no YouTube e transmissão das canções, juntando-se aos grandes lineups e conseguir que as toquem nas rádios.
Para algumas bandas, este crescimento, eventualmente, vem com a assinatura com uma gravadora, que pode introduzi-los para a segunda fase do ciclo de vida organizacional: a sobrevivência. Este é o estágio de desenvolvimento que solidifica a banda como uma equipe e desenvolve a coesão e compromisso que a levará através dos desafios de crescimento. Nesta fase, de acordo com Quinn e Cameron, as avaliações de efetividade devem basear-se em saber se o grupo se uniu em torno de uma visão comum e se está comprometido com essa visão.
Em seguida, vem um período de sucesso. Nesta fase, as empresas se voltam para sustentar a sua dinâmica e produtividade. Para o Queen, o período entre meados dos anos 1970 e dos anos 1980 foi esse período. Durante esta fase, a eficácia deve ser medida pelo grau em que a organização mantém a sua posição e cumpre as metas que estabeleceu para si mesma. Qualquer empresa atualmente fazendo sucesso no mercado está preocupada com a manutenção do seu sucesso, seja através do aumento da eficiência ou formalizando seus procedimentos.
A fase final é a renovação. Trata-se de ir em busca de novas oportunidades para evitar a decadência. A turnê recente do Queen, como a turnê de seus colegas, procuram tirar proveito do mercado relativamente novo da nostalgia para preservar seu legado e, em muitos casos, introduzir sua música a novos públicos. “Nos apresentamos para alguns de seus pais e mães”, disse o guitarrista do Queen, Brian May no show de Chicago, “e para alguns de seus netos, eu tenho certeza”.
Nesta fase madura do Queen, não devemos avaliá-lo como fizemos quando estavam em sua fase empreendedora. Nós deixamos as discussões sobre inovação, criatividade e nova voz para artistas que estão apenas começando. Em vez disso, nós avaliamos Queen com sua capacidade de se adaptar ao cenário musical contemporâneo e proporcionar uma experiência que sua plateia valorize. E esse ponto, Queen + Adam Lambert já realizaram.
Fontes: Adam Lambert TV e Forbes
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