5 Setembro: Recordando Freddie Mercury

         
Hoje 5 setembro seria o aniversário de nosso Freddie Mercury, porque não homenageia-lo com um lindo depoimento de seu amigo de banda Brian May que vem direto ao coração!

Não sei se depois dos Beatles, outro conjunto de Rock fez mais sucesso no Brasil do que o Queen. Freddie Mercury (nome artístico de Farrokh Bulsara, nascido em Zanzibar, uma colonia britânica na África), tinha uma postura e atitude que davam vida e personalidade ao Queen. Muitas vezes quando um vocalista se destaca e assume um papel de destaque, pode-se presumir que guerras de egos e vaidades possam tomar conta do grupo.

Mas o Queen parece, pelo menos aparentemente, não sofrer disso. Logo após a morte de Freddie, em novembro de 1991, Brian May fez um comovente depoimento. 

 BRIAN SOBRE FREDDIE MERCURY

Parece inconcebível que tivemos agora que viver sem Freddie; este forte, vibrante, irreverente e apaixonante homem criativo certamente não pode ter sido extingüido no auge de sua vida! Freddie não teve o privilégio de envelhecer, mas em 45 anos ele acumulou experiência suficiente para uma dúzia de existências.

Uma criança de estrita educação, ele era, quando o encontrei, uma juventude incerta, caminhando para um mundo não familiar lá fora, mas sua cabeça estava cheia de grandes sonhos e de certezas de que eles poderiam ser realizados. Aos 20, ele já viveu seu sonho e se comportou com a grandeza de um cavalheiro que merece respeito.Talvez a troca de nome só priorizou nossa primeira gravação, ele decidiu deixar de lado o frágil Frederick Bulsara em casa, aos cuidados paternos e tornou-se o "deus" Freddie Mercury.

Freddie era uma criatura muito incomum no seu tempo - um espírito livre. Ele sabia o que queria ser e depositou nisso completa dedicação. Seus amores eram a música e a vida, a vida era pra ser vivida e aproveitada por inteiro, e quando ela o desapontava e o machucava, ele despejava mais paixão no aperfeiçoamento de sua música, o traçado de suas metas. Ele nunca se escondeu em modéstia. Ele deu a si mesmo créditos pelas suas realizações e créditos generosamente às realizações dos que estavam à sua volta. Freddie nunca fez nada pela metade, ele não tinha tempo para nada, mas queria o melhor.

Seu espírito irá viver contente que os músicos esforcem-se em obter excitação, drama e mistério em seus trabalhos. Eu fui afortunado em dividir muitos momentos de criação com Freddie, e eu ainda ouço sua voz toda vez que um medíocre compromisso é ameaçado... "Não querido, nós não comprometemos".

 Suas canções dizem genericamente: The March Of The Black Queen, Lily Of The Valley, Killer Queen, Bohemian Rhapsody, We Are The Champions, The Miracle, Play The Game e muitas outras tem as formas mais finas da emoção entre duas pancadas. Freddie nunca manifestou discutir suas obras: "Elas devem falar por si" era sua curta desculpa.

Mas sua imaginação em suas obras compiladas com um senso mágico de melodia, e uma destreza de deslizar entre chaves em aba de chapéu, fez ele um dos mais verdadeiros originais compositores do seu tempo. Pessoa, compositor e finalmente executor. Aqui é para onde os superlativos correm. Em um palco frente a 200 pessoas ou a 200.000, ele era, sem dúvida, incomparável. De alguma forma, conectando seu íntimo através do heróico, intensificou a figura humana que foi criada, ele tocou cada coração cada menino que lutou para ser um homem, toda mulher que desejou um homem como este. Ele tinha o toque de gênio que nos levou à grandeza. Freddie, você conseguiu: você foi o melhor, você mudou o mundo! Deus se apressou!

http://musicaemprosa.musicblog.com.br/470977/Brian-May-faz-uma-saudosa-homenagem-a-Freddie-Mercury-logo-apos-a-sua-morte-em-1991/