**** Assim que soube que soube que haveria um show no SESC de São José do Rio Preto, onde moro, em que uma banda tocaria o álbum Queen II na íntegra, é claro que fiquei doido. Além de mais que fã do Queen, o álbum Queen II é o meu preferido e contém a minha música preferida também, The March of the Black Queen. Fui, então, pesquisar quem era a banda que iria tocar. Quando descobri que a Maestrick era local, de S.J. Rio Preto, procurei contato na hora e conversei um pouco pelo facebook com o vocalista, Fábio Caldeira. Cara gente finíssima, já busquei mais informações sobre o show e, de cara, já dei os parabéns pela iniciativa e pela coragem, porque só querer assumir essa responsabilidade já indica muito da capacidade da banda.
Maestrick é uma banda com trabalho autoral próprio, caindo mais pro rock pesado, mas com um som bem eclético, que passa por ritmos e estilos variados, mesmo dentro de uma mesma música, mas sempre com um cuidado especial com os vocais, como se pode ver nas duas músicas próprias que tocaram no show também (vejam os vídeos no final). Por esse estilo é que o Queen II se encaixa muito bem no perfil da banda. A banda foi formada aqui na cidade de São José do Rio Preto/SP, no ano de 2006, e é formada por Fabio Caldeira (vocal e piano), Renato “Montanha” Somera (baixo e vocal), Heitor Matos (bateria e percussão) e Paulo Pacheco (guitarra). No show do Queen II, a banda esteve acompanhada de Maurício Lopes (teclados/backing vocals), Dani Castro e Carol Penhavel (backing vocals) e Rubens Silva (guitarra).
Antes do show estava ansioso, imaginando se tocariam o álbum todo direto, como no disco. No final, algumas a banda emendou, em outras fez parada entre as músicas. Faz sentido ter dado as quebradas para poder falar com o público. O mais importante foi ter mantido a sequência das músicas do disco no show. Vale destacar também as ótimas explicações do Fábio (vocalista) sobre o disco, o conceito, a diferença entre os lados, e também sobre as músicas, em especial sobre a Fairy Feller’s Master Stroke, excelente. Isso tudo foi perfeito para o projeto que se pretendia, de tocar o Queen II na íntegra
Primeiro, o show foi "demaaaisss". Não tem o que falar dos caras. Como disse, só de topar tocar o Queen II, os caras já merecem aplausos. E o Maestrick deu conta do recado. Veria o show e verei o show quantas vezes puder. No geral, os arranjos muito bem trabalhados, preocupação merecida com os vocais, timbre das guitarras muito bem arranjados à la Brian, o Fábio mandando hiper bem na árdua e dificílima tarefa de ser a voz de Freddie Mercury, e sem contar o super profissionalismo da banda.
QueenII, o álbum - White Queen - A música já começou bem demais, com os efeitos na guitarra excelentes, no clima exato da gravação. Ficou perfeito. O uso do teclado para fazer os vocais antes da parte pesada da música também ficou perfeito. De novo, me dói a bateria não ter sido igual à da gravação. Mas, em White Queen isso não pesou muito. As improvisações no meio da músicas ficaram muito boas. A banda sacou bem que a música permitia isso e aproveitou bem para os solos improvisados de guitarra. E a música terminou perfeita, as it began!
Father to Son - Logo quando o show ia começar, entrou por acidente uma música nada a ver e quebrou um pouco a expectativa. Mas acontece. Talvez pelo nervosismo, o primeiro acorde da guitarra já foi desencontrado com a bateria. Aliás, um aparte ao show. Como fã e também como baterista fanático por Queen, uma coisa que não gosto, e sei que isso é normal mesmo para as bandas tributo ao Queen, é que o cuidado que as bandas têm de tocar as guitarras, pianos, baixos e etc igual ao Queen acaba faltando pra bateria. Parece que a bateria não tem arranjo próprio, mas pra mim tem. Aliás, por isso que gosto tanto do Neil Peart, do Rush. O cara toca um arranjo na bateria. Não é nada aleatório. Em Father to Son, por exemplo, senti muita falta de a bateria ser como a da gravação. Isso faz falta principalmente nos momentos em que é a bateria que faz a transição entre algumas variações da música. Ponto alto da música foram os vocais, excelentes, e o som das guitarras, e também os solos, que ficaram muito bem encaixados.
Some Day One Day O violão inicial ficou excelente, assim como a guitarra. Apesar de o estilo ser muito diferente do Freddie, a voz do Fábio coube bem na música também como Brian May. Pode parecer detalhe, mas o pandeiro tocado pela backing vocal ficou perfeito, principalmente no final da música. Excelente. Senti falta da volta da música depois da parada. Mas dá pra entender, porque se voltasse, seria difícil também fazer um final da música, no lugar de ir abaixando o som.
The loser in the end Por ser do Roger nessa música, fez falta a bateria ser exatamente como no disco. O início da música, por exemplo, não permitia improvisações ou mudanças. Também por ser música do Roger, o vocal ficou prejudicado. Não é culpa do Fábio, mas o timbre e altura da voz do Roger dificultam qualquer um de cantar no estilo parecido. Apesar de as guitarras estarem como no arranjo do disco, faltou uma cama de som no fundo, um teclado talvez, como se percebe no disco. Acabei sentindo que as guitarras soaram muito em socos, quebrando um pouco a música de um jeito que não tá no disco. Houve umas falhas da banda no arranjo, como o desencontro da guitarra com a bateria no final, mas nada comprometedor. Ponto alto foi a banda ter aproveitado bem que o final da música libera pra uma improvisação e fizeram ótimos solos de guitarra.
Ogre Battle - Começo da música excelente, como o Queen fazia ao vivo, mas com um pequeno erro na guitarra, que cortou um pedaço da música. Tirando isso, a música inteira foi boa demais, pesada
como deveria!
The Fairy Feller’s Master Stroke - O instrumental e os vocais ficaram fenomenais. As meninas cantando a parte alta da música também ficou excelente! E o ponto alto da música, e um dos melhores do show, foi o trecho só em vocal no meio da música. Excelente ideia da banda e muito bem executada. ++ Nevermore Essa eu realmente gostaria que já tivesse efetivamente começado emendada com Fairy Feller’s, sem espera,porque acho que faz parte do “pacote” de Fairy Feller’s. Tirando isso, a música foi muito bem executada. Acho só que os vocais ficaram um pouco sumidos. Podiam ter mais de foco, estarem mais altos, porque são ponto alto desta música pra mim.
The March of the Black Queen Minha música preferida do Queen. Destaque: piano perfeito que ficou! Timbre das guitarras perfeito também. Só houve umas falhas de algumas notas nos solos de guitarra. A parte vocal na parte mais lenta no meio ficou muito boa, principalmente considerando a dificuldade de fazer esses vocais. Outro detalhe foi a voz do tecladista (Maurício) fazendo a parte do Roger depois que volta o rock pesado. Caiu muito bem. Perfeito as backings cantando! O arranjo ficou muito bom também. ++ Funny how love is ficou perfeita com March of the Black Queen!
Seven Seas of Rhye - O timbre do teclado soou um pouquinho estranho no começo e houve uns desencontros no arranjo no meio da música. Mas ficou muito boa. No final, como sugestão, acho que seria legal trminar o show com a gravação de “”Oh, I do like to be beside the seaside”, como no final do disco do Queen. Acho que daria um clima bem legal pra encerramento da apresentação, fechando o álbum (ainda mais que começou também com a gravação inicial de Procession).
BÔNUS - Além do Queen II, o Maestrick deu de lambuja no show mais duas músicas do Queen: Love of My Life e Bohemian Rhapsody. --- LOve of my life - Não tinha como ser diferente. A música é linda e com o local lotado e cantando junto, a apresentação ficou ótima. Só o arranjo foi modificado, não sei se por erro ou propositalmente.---Bohemian Rhapsody - O Maestrick encerrou a apresentação da melhor forma possível, com uma ótima rendição de Bohemian Rhapsody. A backing vocal cantando parte da música caiu muito bem também. Claro que ajudou o fato de ter backing vocals, que facilita, mas o trabalho não fica menos complexo. E ainda fizeram o vocal inicial da musica, Bom demais!
MÚSICAS AUTORAIS O Maestrick toca 2 músicas suas
Puzzler - Essa música é um bom exemplo da complexidade que é o Maestrick. Ao mesmo tempo que a música é pesada, o ritmo soa praticamente regional brasileiro, permitindo a brincadeira até com o público cantando Puzzler.
Aquarela - Os vocais da música são muito bons e a música é cativante. Dá vontade de sair cantando. Os arranjos variados e bem elaborados ao longo da música. Deu pra ver no show também que o público conhece a banda e sabia cantar a música já.
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