Em Julho chegamos ao distante planeta-anão Plutão. Foram anos e muitos (muitos) quilómetros para completar a viagem, mas o que talvez não saiba é que a missão teve a inesperada ajuda de alguém bastante conhecido: Brian May, guitarrista do Queen.
Além de estrela do rock, May também é um astrofísico, em 1974 iniciou programa de PhD do Imperial College, em Londres, sobre luz reflectida por poeira no sistema solar. Os estudos, infelizmente, duraram pouco, já que o músico abandonou a carreira académica e se dedicou à banda (talvez felizmente). Após o sucesso mundial e o fim da banda, May retomou a carreira académica, 36 anos depois, tornando-se doutor em astronomia em 2007.
Na semana passada, o músico foi convidado pela NASA para conhecer a equipe responsável pela sonda que visitou Plutão, a New Horizons, e interpretar junto dela alguns dos dados recolhidos pela sonda. E esta vai ser a primeira de muitas visitas, já que o principal investigador da missão, Alan Stern, nomeou May como colaborador científico da sonda New Horizons.
May passou três dias com a equipe da New Horizons e pode produzir as primeiras imagens estereoscópicas 3D de Plutão. Ele escreve que os «deuses do submundo deviam estar lá» com ele, já que as imagens foram captadas durante a visita do músico. Ele, no entanto, recusa-se a ficar com todo o crédito da produção: «Os profissionais da New Horizons já estavam fazendo ciência muito antes das imagens chegarem, mas pude montar duas delas numa única figura estereoscópica. Tudo o que fiz foi ajustar as orientações e as cores por olho», diz em seu site oficial.
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